11

3.7K 470 142
                                    

27 de outubro de 2010

𝙃𝙖𝙣𝙣𝙖𝙝 𝙄𝙨𝙖𝙗𝙚𝙡

— VOCÊ O QUÊ? — Glenn grita espantado, ganhando olhares curiosos sobre ele. Ele sorri envergonhado ao perceber o que fez e acena, voltando seu olhar para mim — você o quê? — sussurra

O olhava com uma cara nada boa. Nessa altura do campeonato o assunto com certeza já sabia que era sobre ele que falávamos, já que o mesmo me observa junto ao irmão, que tem um sorriso travesso nos lábios.

— eu juro que eu ainda mato você, Glenn — digo entre dentes — não foi nada demais, 'pra quê tudo isso?

— não seja inocente, Hannah Isabel — diz, nos virando para o outro lado, onde não tinha ninguém — o cara te deixou chorar nos braços dele enquanto te fazia cafuné.

— eu não estava chorando — rolo os olhos

— mas estava nos braços dele — rebate — o cara é fechado com todo mundo, carrancudo, mal olha para as pessoas, mal as responde. Mas com você, ele te espera tomar banho, te trás de volta em segurança, te carrega nos braços e demonstra afeto?

— você faz isso por mim todos os dias — dou de ombros

— não te carrego nos braços — bufo, ele dá risada — sabe o que isso significa?

— que ele é um bom homem?

— e que ele muito provavelmente ainda gosta de você, minha pequena Hannah — dá tapinhas em meu ombro

Solto uma risada nervosa e nego com a cabeça.

— não, você está enganado. Daryl só quis ser gentil, foi só isso.

Ele me encara com os olhos serrados e sorri pequeno.

— o sentimento é recíproco, não é?

Maldita hora que eu fui contar isso ao Glenn.

— pare com isso — o empurro para o lado — pare de colocar coisas em minha cabeça, coreano.

— não, isso quem fez foi o seu outro ex — diz com um grande sorriso maroto nos lábios. O lanço um olhar mortal

— não me teste, garoto, não me teste.

Saio dali com Glenn ao meu lado, indo de encontro as crianças. Brinco com elas por um longo período, me enturmando com Carol, a mãe da nova amiguinha dos meninos.

Não fiz muitas amizades neste acampamento, a maioria eu ainda nem troquei palavras. Mas tem uma certa loirinha que vive me perseguindo, e 'pra falar a verdade, eu até que gosto. Amy e Glenn se tornaram colegas e ela vem se enturmando com a gente, o que eu realmente acho muito bom.

— titia, a gente pode blincar de cololir? — Cams pergunta, se sentando ao meu lado com seu caderninho cheio de desenhos e vários lápis de cores.

— claro que sim, bebê — ela sorri animada.

Carol e Lori tinham acabado de se juntar a Jacqui na cozinha, me deixaram de olho da criançada, e por algum motivo que eu ainda não conheço, Lara não estava por ali.

𝗟𝗢𝗩𝗜𝗡𝗚 𝗜𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗥𝗞 | 𝐃𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐃𝐢𝐱𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora