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16 de novembro de 2010

No dia anterior, un pequeno grupo saiu para buscar suprimentos na cidade, ainda não voltaram. Daryl avisou a, seja lá o que Hannah seja dele, que iria caçar um servo e que deveria demorar, a garota está tranquila em relação a isso, sua preocupação é com o melhor amigo que ainda não deu sinal de vida.

Como de costume, Hannah está cuidando das crianças enquanto os outros cumprem suas obrigações. O rádio finalmente teve algo a mais do que um chiado irritante, mas não obtiveram respostas.

No momento, Hannah acaba de subir do lago com as quatro crianças.

— a gente pode brincar de pega-pega, tia Hannah? — Sophia pergunta

Hannah arruma a sobrinha nos braços e torce o lábio, pensando em uma resposta

— desde que fiquem por perto, tudo bem.

As três crianças comemoram e voltam a conversar sobre algum desenho animado.

Em outro momento, Hannah estaria tagarelando junto as crianças, mas a sua preocupação com Glenn era tanta, que tirava toda a sua animação com os meninos.

O dia parecia se arrastar, deixando a loira ainda mais nervosa. Quando o rádio tocou pela segunda vez no dia, todos correram ao ouvir a voz de T-dog.

acampamento, alguém na escuta?

Shane foi o primeiro a pegar o rádio, se apoiou no capô do carro

— T-dog, na escuta.

estamos cercados por uma horda, em um prédio na cidade. Repito, estamos presos, centenas de caminhantes a nossa volta.

Foi tudo o que deu de ouvir antes da conexão cair outra vez. Hannah olhou desesperada para Shane, que tinha uma expressão neutra.

— precisamos ajudar eles — fala, vendo o homem se afastar

— não podemos fazer nada, sinto muito Hannah.

A garota franziu as sobrancelhas e sentiu a raiva subir garganta a cima.

— como assim "não podemos fazer nada"? — indaga — eles se arriscaram por nós, pela nossa sobrevivência.

— você não ouviu? — se vira para a garota — estão cercados por uma horda, Hannah. Não tem nada que a gente possa fazer.

Seu tom de voz era alto, deixando Hannah ainda mais puta com a situação. O peito da mulher subia e descia rapidamente, a deixando nervosa.

— Glenn está lá — gritou, indignada — não pode deixar ele morrer, não pode.

— outra vez, não podemos fazer nada.

— então você vai ficar ai, sentado com a bunda em uma cadeira enquanto metade do nosso grupo morre em uma missão que você os mandou?

— eles sabiam os riscos e mesmo assim aceitaram. Estão mortos, aceitem.

A garota bufa, sentindo uma lágrima descer por seu canal lacrimal.

𝗟𝗢𝗩𝗜𝗡𝗚 𝗜𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗥𝗞 | 𝐃𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐃𝐢𝐱𝐨𝐧Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang