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24 𝖽𝖾 𝗇𝗈𝗏𝖾𝗆𝖻𝗋𝗈 𝖽𝖾 2010

Eram aproximadamente três da tarde e Hannah dormia esparramada no banco de trás do carro. Seus vidros estavam todos abertos e nem isso a impedia de suar. Seu gatinho Bart miava incansavelmente, na esperança de acordar a dona e ganhar um pouco de ração, mas a loira nem se mecheu.

— tia Hannah, o pobre gatinho está com fome – a voz doce de Camilla dizia do lado de fora

A garotinha pegou o gatinho nos braços, acariciando seu pelo macio e sedoso. Giulia estava ao lado da mais nova, então ela abriu a porta do carro e encontrou a tia ali, roncando.

— olhe isso, Camilla – a menina sussurrou, mostrando para a mais nova.

Hannah dormia com os braços cobrindo os olhos. Os pés estavam jogados em cima da janela do outro lado, o cabelo estava desgrenhado e o corpo estava quase caindo do banco. Dormia idêntica a Ana de Frozen.

As duas sobrinhas, como boas garotas que eram, decidiram que iriam aprontar com sua tia favorita. Giulia sussurrou no ouvido da mais nova, a mandando ir buscar um pedacinho de grama alta, para que pudessem atormentar a tia que estava dormindo.

Camilla correu animada pelo gramado, enquanto Giulia colocava alguns poucos grãos de ração para o gatinho que antes miava feito louco. A loira voltou tão rápido quanto foi, aparecendo do lado da coreana com o que lhe foi solicitado, um pedaço de grama alta.

— vou te ensinar uma coisa muito engraçada. Mas, se ela acordar a gente vai ter que correr, tudo bem? – a menina afirmou com um aceno.

Giulia sorriu traquina, encarando a mulher apagada em sua frente. Ela levou o fiapo de grama até o nariz da tia, o passando ali levemente, sem obter resultados. A garota continuou com o movimento, causando incômodo em Hannah. A mais velha tapeou o ar em cima de sua cabeça e as meninas seguraram a risada, continuando com a brincadeira assim que Hannah voltou ao normal.

Passou a grama no nariz da tia e ela o torceu, incomodada. Passou outra vez e Hannah perdeu totalmente a paciência, dando um tapa dolorido no meio de seu rosto, acordando na hora. As meninas gargalharam alto e Giulia saiu puxando a garotinha mais nova.

— corre, Camilla – a coreana gritou

Quando Hannah se sentou, ela viu apenas a figura das duas sobrinhas subindo a escadaria da casa. Ela deu risada, balançando a cabeça em negação enquanto encarava o teto.

— isso, Hannah. Vira a tia favorita de todos os sobrinhos, é o máximo. – murmurava sozinha.

(...)

Após um banho merecido, Hannah arrumava a bagunça dentro de seu carro, cantarolando músicas aleatórias que costumava ouvir na rádio de seu carro enquanto percorria as ruas movimentadas de atlanta. Bons tempos, pensou ela.

Recolhia as várias peças de roupas espalhadas pelos bancos e chão, dobrando tudo com a paciência de um anjo. Retirou todas as embalagens que tinham jogadas pelo automóvel, as colocando em uma sacolinha separada, lembrando mentalmente de encontrar um lixeiro mais tarde.

— cansada de viver em um lixão, Belzinha? – a voz de Lori diz.

A mulher parou em uma distância curta do carro da cunhada. Hannah olhou em volta, percebendo que aquilo realmente se parecia com um lixão. Ela deu risada, prendendo o cabelo em um coque mau feito.

𝗟𝗢𝗩𝗜𝗡𝗚 𝗜𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗥𝗞 | 𝐃𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐃𝐢𝐱𝐨𝐧Where stories live. Discover now