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22 𝖽𝖾 𝖺𝗀𝗈𝗌𝗍𝗈 𝖽𝖾 2010

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22 𝖽𝖾 𝖺𝗀𝗈𝗌𝗍𝗈 𝖽𝖾 2010

Trágico, mas não era inesperado. Lori já previa sua morte há muito tempo. E de certa forma, tentou deixar tudo devidamente organizado para quando sua hora chegasse. Ela sabia que morreria por seu bebê. Entretanto, não havia como preparar seus familiares para aquilo. Eles iriam sofrer.

Porém, ao contrário do irmão mais velho, Hannah e Lara não se permitiram sofrer o luto naquele momento. Havia algo que estava acima de qualquer coisa agora. A criança. Maggie e Daryl saíram em busca de qualquer coisa que mantesse a menina viva, enquanto as irmãs Grimes cuidavam da pequena criança.

Hannah foi quem deu o primeiro banho na garotinha. Ela pegava a bebê com uma certa delicadeza, a banhando em água morna, com folhas de ervas calmantes. E, por mais incrível que pareça, a recém-nascida não se importou com aquilo. Hannah sorria, admirando todos os detalhes da bebê Grimes.

— querido, me passe a toalha branca. – ela pede para Carl, que era o único a acompanhando naquele momento.

O garoto, que ainda fungava, entregou para a tia o que lhe foi pedido. Hannah enrolou o bebê ali, a adquirindo para si de uma vez. A sensação de ter um recém-nascido em seus braços era terapêutico. Como se a criança fizesse as batidas de seu coração normalizarem. Ela encara o rostinho redondo do bebê, o cabelinho ralo, o nariz...

Ai meu Deus, Shane. Não faça isso com o pobre bebê.

Tudo bem, o tempo pode consertar este pequeno detalhe. Em outros aspectos, a bebê lembrava muito Carl quando nasceu. Era como se a vida tivesse contratado o mesmo bebê para interpretar seus papéis quando recém-nascidos.

— vem cá, favorito, arregaça as mangas. Vai pegar sua irmãzinha no colo pela primeira vez e esse momento tem que ser mágico, para que possa guardá-lo 'pra sempre.

A sensação de dejavu a tomou por inteiro. Pois, quando tinha treze anos, era ela quem pegava Carl nos braços pela primeira vez. Passou com cuidado a bebê para seus braços magros, vendo o sorriso no rosto do sobrinho se intensificar. A visão de Hannah chegava bem perto da perfeição. Ver Carl sorrindo, mesmo tendo acabado de perder a mãe, com uma linda garotinha em seu colo a deixou feliz e aliviada.

Carl embala a irmã em seus braços, como um dia foi ensinado, quando ainda era Camila ali. Ele encara os olhos azuís da neném, totalmente encantado com a ideia de ser o irmão mais velho agora.

— oi, bebê. Eu sou o Carl, seu irmão mais velho. – ele se apresenta em um sussurro. Camila e a mãe param na porta da cela, encantadas com a cena. O garoto sorri, chamando a prima para ver o bebê — essa é a Cami, diz oi para a nossa irmãzinha, Cam.

𝗟𝗢𝗩𝗜𝗡𝗚 𝗜𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗥𝗞 | 𝐃𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐃𝐢𝐱𝐨𝐧Where stories live. Discover now