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17de novembro de 2010

𝙃𝙖𝙣𝙣𝙖𝙝 𝙂𝙧𝙞𝙢𝙚𝙨

Eu realmente estou contente em ter meu irmão de volta, estou feliz em ver o meu sobrinho radiante, isso é incrível. Mas parte de mim está em ruínas em saber que foi eu quem obriguei Merle a ir até a cidade com o grupo, eu o mandei para lá. Daryl ficará furioso quando voltar e não ver o irmão.

Isso vai dar um grande problema.

—  tudo bem, tia? — a voz fina de Carl me assusta, ele se senta ao meu lado — o Merle é seu amigo, né? Por isso está triste?

Sorrio pequeno e acaricio suas bochechas rosadas. É incrível como o Carl consegue me fazer se sentir melhor, como se ele fosse o meu curativo, o remédio que preciso para continuar viva.

— tia Hannah está bem, amor — ele inclina a cabeça levemente para a esquerda — só precisa de um abraço do primeiro e o favorito

(P/s: este apelido ainda lhe trarão muitas lágrimas)

Ele sorri ao escutar o apelido que ele mesmo deu a ele e abre os braços, agarrando meu pescoço logo em seguida, me dando um abraço apertado.

— não fica triste, tia, seu amigo vai aparecer.

Esse é um dos meus medos.

Ele me abraça com mais força, mas logo é chamado pela mãe. Carl se solta de meus braços e avisto Rick vindo em nossa direção, talvez tenha sido por isso que Lori chamou pelo filho. Ele bagunça os fios de Carl, que corre em direção a mãe. Rick se senta no lugar que meu sobrinho estava sentado e encara o nada em nossa frente.

— Lori me contou o contexto de ontem. Fico feliz que tenha reencontrado o cara que amou por dois anos, mas que nunca nos apresentou

Solto um riso nasal e deito minha cabeça em seu ombro, ele não reclama.

— em breve vão se conhecer, e não vai ser tão agradável. Ele vai gritar com você, vai mirar uma flecha na sua cara, alguém vai fazer ele soltar a besta e ele vai tentar te socar, talvez você até saia sem um dente ou com um olho roxo

— uma ótima maneira de conhecer o cunhado, não acha?

— não são cunhados — ele me olha com o rosto franzido - ainda não.

Ele acaricia meu cabelo, como costumava fazer quando eu chegava para visitá-los nas férias, ele apelidou a carícia de "o cafuné da saudade"

— tava bem difícil sem você — fecho os olhos, me acomodando em seus braços — senti saudades

— eu também senti — beija meu cabelo — eu passei em casa para procurar a Lori e o Carl, tinha um bilhete na geladeira, era da Lori dizendo para você comer frutas no café da manhã

No dia da queda, Lori deixou um bilhete me pedindo para substituir o sanduíche matinal pelas frutas, e eu a obedeci, não sou louca.

— não tinha seu nome, mas a única pessoa que faz a Lori deixar bilhetes na geladeira é você.

Sorrio pequeno, sabendo que é verdade. Um grito em conjunto me assusta, nos levantamos em um pulo, meus olhos varrem o acampamento, procurando pelas crianças, nenhuma está ali.

𝗟𝗢𝗩𝗜𝗡𝗚 𝗜𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗔𝗥𝗞 | 𝐃𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐃𝐢𝐱𝐨𝐧Where stories live. Discover now