Gol no seu coração (2son fanfic)

Capítulo 18

A chuva caia do lado de fora. Felizmente era a semana de descanso. Dentro de poucos dias Richarlison iria voltar para o Brasil para ver a sua família e amigos, para participar de algumas campanhas e ver o sol! Seria bom para o atacante passar um tempo longe das terras inglesas e daquele tempo.

Longe de certas pessoas.

Deitado em sua cama, com enorme preguiça de se levantar, revive o dia anterior quando Son foi visitá-lo. Deu tudo certo de início, Son disse que as luminárias de sua parede que rodeavam a cama era a coisa mais feia que ele viu na vida, também julgou o fato de Richarlison manter sua corrente de ouro pendurada no meio do quarto. A cada frase de desgosto com as escolhas estilísticas, Richarlison revirava os olhos.

Son repassou com ele algumas palavras necessárias para formar frases mais elaboradas em inglês. O mais velho era, incrivelmente, paciente. Ele parecia se deleitar toda vez que Richarlison errava a pronúncia. O atacante mais novo gostava que Son fosse daquele jeito, ele se sentia tranquilo em errar tudo e assisti-lo abrir um longo sorriso para Richarlison.

Após a tarefa, Richarlison encomendou o cuscuz de uma loja que descobriu a existência graças a um colega brasileiro de outro time. Son não gostou muito, mas Richarlison culpava quem fez, porque nem ele apreciou o pedido. Europeus não sabiam fazer comida brasileira!

Enfim, tudo estava caminhando. Era quase como se voltassem no tempo, antes...do incidente. No entanto, as coisas desandaram quando Richarlison mostrou a Son que o quadro interativo havia chegado, explicando que ele queria ter uma sala de jogos, assim colocaria o quadro lá. Enquanto ele dissertava nas duas línguas, tanto inglês quanto português, tarde reparou quando Son estava desesperadamente perto dele.

- He's Brazilian. - Sonny sussurrou enquanto o seu dedo indicador passeava pela tatuagem que começava atrás do lóbulo da orelha de Richarlison até a curva para ombro.

Richarlison prendeu a respiração imediatamente e olha para Son ao seu lado, que portava uma expressão distraída.

- Eu gosto dessa tatuagem. - Sem parar de tocá-lo, Son continuava a alisar a área desenhada.

- Você deveria fazer uma. - Diz Richarlison, sentindo todos os seus músculos tensos.

- He's korean? - Sonny parecia divertido com a ideia, o que provoca uma risada leve em Richarlison.

- He's korean. - Confirma.

- Isso saiu péssimo vindo de você. - Mesmo que o que Son disse soasse teoricamente pejorativo, a forma como ele disse passou longe disso.

Richarlison levanta os ombros. Mesmo que tentasse ignorar, o toque de Son queimava a pele de seu pescoço.

- O que você está fazendo? - Richarlison se mantém estático, deixando com que Son repetisse o movimento contra a sua pele, ainda que não admitisse verbalmente, gostava das sensações que aquele ingênuo toque estava lhe dando.

- Tocando um brasileiro. - Murmura, antes de se aproximar sereno e beijar a tatuagem.

Richarlison estremece, esquecendo-se completamente do que iria dizer quando Sonny arrasta os lábios na pele de seu pescoço. Fechando os olhos, Richarlison rende-se lentamente. Ao sentir a língua e a respiração quente de Son contra a sua pele, a sensação crescente dentro de si se tornou insuportável.

Richarlison vira-se para Son, naturalmente segurando o rosto do atacante, encara os olhos dele. Era isso mesmo. Foda-se. Foda-se. Foda-se. Se alguém o dissesse meses atrás que ele estaria desejando beijar Son Heung-min, esse nome que ele nem sabia como falar, Richarlison diria que a pessoa estaria piradona. Maluca. Surtada.