capítulo dois

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Meia hora mais tarde, depois de ter conseguido colocar Porsche para fora da cama e extrair dele uma promessa que se alimentaria enquanto ele estava fora, Pete estava finalmente no seu caminho para encontrar Theerapanyakul.

Caindo para trás, contra o assento de táxi, ele olhou para fora da janela. Ele se sentia culpado por deixar Porsche sozinho. Ele sabia que havia muito pouco que conseguiria fazer para ajudar seu amigo, mas ainda não se sentia bem em deixá-lo enquanto Porsche claramente não estava indo bem após o rompimento confuso com a sua outra metade.

Apesar de conhecer Porsche desde sempre e ser um de seus amigos mais próximos, Pete sabia que nunca poderia substituir o cara por quem ele estava apaixonado. Os dois eram co-dependente para caralho. No entendo, Pete sabia que ele era uma das poucas pessoas em que Porsche implicitamente confiava. Eles sempre tinham tido sido o apoio um do outro e estados juntos quando perceberam que eram gays, além de terem sido o primeiro beijo um do outro. Porsche era a única pessoa que sabia onde ele estava indo e quem iria encontrar.

Pete franziu o cenho enquanto seus pensamentos voltou para a próxima reunião com Vegas Theerapanyakul.

Não que fosse a primeira vez, mas uma lasca de dúvida penetrou em sua mente. Ele estava praticamente indo sem saber de nada. Ele não tinha ideia o que o magnata queria de seu pai. Os resultados de sua pesquisa sobre o cara não eram exatamente reconfortante também. Vegas Theerapanyakul tinha a reputação de um cara durão e implacável; dizia-se que ele controlava seu império de negócios com mão de ferro. Pete tinha procurado no banco de dados da empresa, mas não tinha acesso a tudo e não conseguiu verificar o que ligava esse homem ao seu pai.

Deus, ele estava cansado de não saber de nada. Sim, talvez o que ele estava fazendo era imprudente, mas era a única maneira que ele poderia encontrar respostas para suas perguntas. Se ele aprendesse algo que seu pai nunca botaria fé que ele fosse capaz, ele teria pouca escolha a não ser confiar nele.

Talvez você não esteja pronto para ser confiável.

O pensamento fez algo pairar no estômago de Pete. Era algo que ele estava tentando evitar pensar. O que ele iria fazer se os rumores fossem verdadeiros e seu pai realmente tivesse ligação com criminosos? E se seu pai fosse um criminoso? Será que Pete queria ser confiável guardando e obtendo esse tipo de informação?

— Chegamos — resmungou o motorista em um sotaque estranho quando o táxi parou.

Pete se encolheu e olhou para fora da janela. Ele ainda não tinha notado que eles já tinham chegado ao local.

— Obrigado. — disse ele, empurrando o dinheiro ao motorista. Pete não tinha ideia se era o suficiente ou não.

Pete suspirou cansado quando saiu do táxi em frente ao restaurante. Naquele momento, tudo que ele queria era um banho quente e um encontro com a cama macia que estava esperando por ele no hotel. Esperando que ele não parecesse tão desgastado como ele se sentia, Pete endireitou os ombros e caminhou até a entrada da frente do restaurante.

Essa reunião era importante.

Ele não podia estragar tudo.

O restaurante era bem decorado e elegante de uma forma antiquada. Pete entregou seu casaco e informou a anfitriã educada que ele estava lá para encontrar Vegas Theerapanyakul. A mulher sorriu antes de leva-lo a uma mesa no canto isolado do restaurante.

Vegas Theerapanyakul já estava sentado à mesa, com sua linguagem corporal relaxada, quase entediado.

As imagens não faziam justiça, Pete pensou. Elas não conseguiram captar a intensidade de sua presença e aqueles olhos eram realmente mais inquietante em pessoa.

cruel × vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora