capítulo dezessete

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Pete não conseguia respirar.

Na realidade, ele conseguia, mas era muito difícil porque seu rosto estava enterrado no travesseiro e ele estava sendo esmagado sob algo grande e pesado.

Antes que o pânico alarmasse a mente sonolenta, um cheiro familiar atingiu suas narinas.

Vegas.

É claro que era ele.

Pete respirou e, em seguida, quase riu. A situação era bizarra. Seguro era a última coisa que ele deveria estar sentindo nessa situação. Ele não podia ser tão estúpido para pensar que ele estava seguro com esse cara, independentemente da foda fantástica que ele tinha tido na noite passada.

Visando ainda o acontecimento anterior, certamente não ajudava que ele tivesse esse cheiro gostoso pela manhã. E, também não ajudava que Vegas tocasse a pele sensível do seu rosto cada vez que ele respirava. Mas todas essas listagem se tornavam nada, comparado ao comprimento duro pressionado contra a bunda de Pete.

Mordendo o lábio, ele ficou quieto tentando analisar os fatos. Vegas ainda estava dormindo e sua respiração era constante e lenta. Ele estava deitado boa parte em Pete, pesado e firme em todos os lugares certos. Seu corpo era incrível e não chegava nem perto dos rapazes que rodeavam Pete e que ele costumava dormir.

Deus era muito injusto.

Pete sempre teve uma queda por homens mais velhos, idiotas e figuras autoritárias. Ele gostava de caras que pareciam que poderiam transar com ele por horas e não dos que não tinham a menor resistência. Era como se Vegas fosse uma mistura perfeita de todos os traços errados que Pete não deveria estar atraído, mas estava.

Ele não deveria ter deixado Vegas transar com ele.

Ele deveria ter saído quando Vegas tinha dado a fonte de escolha e Pete sabia disso. Ele apenas não
queria passar outra noite ouvindo os gemidos de uma mulher. Ele era o único que tinha dado a Vegas uma ereção, então tinha de fazer o trabalho completo.

Ótimo.

Aparentemente, agora ele estava ficando possessivo sobre compartilhar o pau do rapaz.

Pete se mexeu um pouco, tentando se desenrolar de Vegas e sair da cama, mas depois percebeu que era um esforço proeminente de futilidade. Ele não tinha conseguido se livrar do peso de Vegas e todo o contorcionismo começou a excitar Pete s fez com que ele ficasse corado e ofegante sob o corpo de Vegas. Ele não sabia se queria levantar depois disso. Obviamente parte dele queria porque mal podia respirar e estava pegajoso por dentro e por fora, mas seu corpo traidor e babaca estava perfeitamente contente em permanecer onde estava. Seu corpo estava feliz por ficar debaixo do homem que o sequestrou a sabe deus por quais razões.

Pete se contorceu novamente sem entusiasmo e sua respiração parou na sua garganta quando a ereção de Vegas entrou entre suas nádegas e tocou na borda de seu buraco. Vegas resmungou e ficou tenso contra ele, tendo sua respiração não mais em um ritmo estável como antes.

Dentes rasparam o pescoço de Pete.

- I want you, honey - disse Vegas disse em inglês, com a voz ainda rouca de sono. - I want to fuck you without a condom.

Pete estremeceu.

Ele não tinha entendido tudo o que Vegas tinha dito, mas o tom em geral foi bastante claro: "foder". Vegas queria transar com ele sem camisinha e ele tinha usado o pior tom para isso. Sinceramente, não foi tal que chocou Pete; o que deixou ele bagunçado foi o desejo de que ele também queria fazer isso.

Relações sexuais sem preservativo era a forma mais profunda de intimidade e algo que exigia total confiança em seu parceiro. Pete nunca deixou ninguém transar com ele sem um e querer fazer com esse homem era pura loucura.

Ele estava louco?

Profundamente desconfortável, Pete murmurou:

- Você está me matando.

Depois de um momento, Vegas saiu dele e se deitou ao seu lado, apoiando-se num cotovelo. Expirando, Pete virou a cabeça para ele e viu que Vegas estava considerando a ideia atentamente com seus olhos escuros ainda um pouco nebulosos do sono.

- Nem sequer pense nisso - disse ele, tentando não cobiçar os ombros nus de Vegas e o seu peitoral tão descaradamente. - Eu não vou deixar você me foder sem camisinha. Eu nunca deixei ninguém fazer isso.

Um canto da boca de Vegas se contraiu.

- É um privilégio reservado para a sua cara metade?

Havia definitivamente uma zombaria em sua voz quando ele disse isso.

Pete fez uma careta.

- Talvez sim, talvez não. Mas um cara que fode uma mulher a cada noite definitivamente não pode tê-lo.

O bastardo realmente sorriu.

- Você é lindo quando fica com ciúmes. - Antes que Pete pudesse responder e dizer o quanto ele estava errado e convencido, Vegas inclinou e lambeu o canto dos lábios de Pete. - Vai escovar os dentes. Eu quero beijar a sua boca bonita.

- Seu hálito matinal não cheira exatamente a rosas também. - Pete resmungou, embora o hálito da manhã de Vegas estivesse bom.

- Os homens maus têm o direito a serem negligentes. - disse Vegas, com o rosto muito sério.

Pete não conseguia parar uma risadinha.

Vegas olhou para ele com uma expressão estranha.

- Você tem trinta segundos para escovar os dentes, honey. E então, você vai voltar aqui, chupar a minha língua e sentar no meu pau.

Talvez tenha sido bastante vergonhoso o quão rápido Pete rolou para fora da cama e foi direto para o banheiro, mas ele não pensou sobre.

Pelo menos, Pete se consolou mais tarde dizendo que teve força de vontade o suficiente para insistir em ele colocar um preservativo e se iludiu dizendo que era um pequeno conforto.

cruel × vegaspeteWhere stories live. Discover now