capítulo vinte nove

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Ele recebeu uma ligação no dia seguinte.

— Senhor Saengtham — disse uma voz desconhecida e acentuada. — Por causa da morte de seu pai, nós generosamente lhe demos um tempo extra, mas nossa paciência está acabando.

A boca de Pete ficou seca.

— Sinto muito, mas não estou entendendo.

— Pagamos por um carregamento de duas centenas de unidades e esperamos até sábado.

— Unidades de quê?

— Não se faça de idiota, garoto — disse o homem.

— Eu realmente não sei do que você está falando.

— Rins.

O estômago de Pete se revirou.

Porra.

Contrabando de órgãos?!

Seu pai estava envolvido em tráfico ilegal de órgãos.

Pete não tinha certeza da razão pela qual ele ficava tão surpreso ainda.

— Olha, o que quer que meu pai prometeu, eu não sei nada sobre...

— Eu não me importo, garoto — o cara disse rispidamente. — Eu tenho compradores esperando esse carregamento. Quero o que foi prometido. Se não chegar e você ir me delatar para a polícia, eu vou ir atrás de seus próprios órgãos de merda.

Ele desligou antes que Pete poderia perguntar quem estava falando.

Doze horas depois, Pete se sentou no antigo escritório de seu pai, com o rosto enterrado nas mãos em frustração, raiva e medo torcendo suas entranhas depois de fuçar no computador.

Ele estava pirando.

Ele tinha a esperança de pôr fim a lado sombrio dos negócio da empresa, de forma rápida e sem complicações. Ele não tinha a intenção de seguir os passos de seu pai, mas era mais fácil dizer do que fazer. Seu progenitor tinha muitas coisas para cumprir e agora Pete tinha que fazer em seu lugar.

Ele simplesmente não tinha ideia do que fazer. O círculo íntimo das amizades de seu pai nunca foi realmente inserida a Pete e todos eles sumiram após a morte dele. Pete queria seguir em frente com a sua vida também, depois de confusão de alguma forma, sem se contaminar e sem ser morto ou preso.

Ele desejava que ele poderia apenas ir para as autoridades, mas ele não era ingênuo o suficiente para pensar que a polícia seria capaz de encontrar e prender cada um dos sócios de seu pai. Ele estaria morto dentro de algumas semanas, se ele fez isso. Sem mencionar que ele não queria o nome da empresa arrastado pela lama, o que inevitavelmente aconteceria se as pessoas descobriram sobre as transações ilegais de seu pai.

Lágrimas de raiva saltou dos seus olhos, e ele as secou rapidamente. Ele nunca tinha odiado seu pai antes. Não bastava para que ele tivesse sido uma pessoa de merda e tivesse sido um pai de merda; ele teve de se matar e deixar essa bagunça toda pro Pete se ferrar também.

Duzentos rins pra sábado.

Uma risada áspera arrancou da garganta de Pete.

Ele tinha que de alguma forma arrumar duzentos rins pro sábado ou ele estaria morto. Depois do que aconteceu com seu pai, ele tinha poucas dúvidas de que essas pessoas mentiriam sobre isso.

Ele não sabia o que fazer.

Ele estava completamente fora da sua zona.

O que ele poderia fazer?

A menos que…

Suas mãos ficaram trêmulas, Pete pegou seu celular, abriu a lista de contatos e rolou até chegar ao que ele precisava.

cruel × vegaspeteWhere stories live. Discover now