cruel × vegaspete

capítulo vinte e um

A casa do lago era muito bonita.

Pete podia ver a vista muito bem da janela do seu quarto. Bom, tecnicamente, era o quarto de Vegas, mas desde que ele era geralmente ausente durante a maior parte do dia, retornando somente no final da noite, Pete tinha se acostumado a pensar no quarto como seu.

Ele olhou melancolicamente para as bela paisagem. Ele não sabia o motivo de Vegas resolver trazer Pete com ele. Ele ficava sozinho o dia todo.

Pete tinha que fugir. Ele tinha que fugir.

Ele estava com medo. Medo do que estava acontecendo com ele. Medo porque a cada semana que passava, estava ficando mais difícil de explicar o que ele sentia por Vegas. Pete tinha medo de acordar amanhã e esquecer que ele teve uma vida de volta para casa. A vida que ele queria voltar. Ele estava com medo de perder a si mesmo.

Ele tinha medo de ser tarde demais.

Havia sinais disso já.

Ele usava as roupas de Vegas o tempo inteiro e ele gostava disso. Ele tinha marcas semi-permanentes no no corpo dos beijos de Vegas e ele amava. Seu corpo estava coberto por mordidas de amor e arranhões e contusões que ele não conseguia de parar de olhar fascinado.

Vegas transou com ele tão fundo e repetidamente que Pete mal necessitava de qualquer preparação nos dias de hoje. Era assustador como eles se completavam na cama. Pete sempre amou sexo, mas sexo nunca se sentiu assim: tão viciado por isso e necessitado. Ele nunca sentiu como se as mãos de um homem o fodendo pertenciam em seu corpo.

Isso assustava ele.

Ele não deveria se sentir assim, não com aquele
homem.

Um som na porta fez ele se assustar, saindo da nuvem de pensamentos. Seus batimentos cardíacos aceleraram e Pete virou para olhar assim que a porta se abriu.

Não era Vegas.

Era um jovem.

Ele olhou para ele, com sua boca aberta.

Ele olhou ainda mais pra ele.

Ele era muito bonito, com cabelos e olhos escuros que estavam cheios de espanto. Havia algo familiar sobre ele, mas Pete não conseguia apontar o que era.

- Oh. - Ele murmurou: - Bem, isso não é definitivamente o que eu esperava. - Ele se aproximou, olhando para Pete com curiosidade.

- Oi - respondeu Pete, puxando a camiseta de Vegas para baixo, de repente, consciente de suas pernas nuas.

Quem era ele? Como ele tinha entrado no quarto?
Tanto quanto Pete sabia, Vegas era o único que tinha a chave para o quarto qual era fortemente vigiado

- Quem é você?

Suas sobrancelhas subiram.

- Quem é você? Essa é a minha casa.

O estômago de Pete apertou em um nó desconfortável.

Sua casa?

Será que Vegas tinha... Alguém que ninguém sabia?
Antes que ele pudesse formular uma resposta, houve o som de passos e um Kinn muito pálido apareceu na porta.

- Macau, você não deveria estar aqui - disse a ele. - Vegas vai ficar bravo. Aliás, ele já está com raiva. Eu o avisei.

Macau colocou as mãos nos quadris e bufou.

- Eu estou com raiva também. - Ele apontou para Pete. - Quem é ele e qual o motivo dele estar no quarto do meu irmão?

Irmão? Ele era irmão de Vegas?