capítulo seis

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Sua cabeça latejava com uma dor de cabeça horrível e Vagas ainda estava de mau humor quando ele entrou em seu quarto naquela noite. Ele perdeu uma grande oportunidade para aumentar o seu lucro na Europa Central só porque ele não tinha ido lá em pessoa para ver o negócio completamente.

Suspirando, ele foi para o banheiro e tomou algum medicamento do kit de primeiros socorros. Engolindo os comprimidos, ele endureceu com o barulho no quarto ao lado.

O fedelho.

Ele tinha quase esquecido sobre isso.

Vegas abriu a porta e entrou no quarto.

Pete estava sentado na cama, esfregando o estômago. Ele olhou para cima, arregalando os olhos quando viu Vegas. Caso contrário, ele nem sequer pestanejou. Kinn estava certo sobre uma coisa: o menino realmente não estava propenso a se descabelar ou algo parecido. 

— Obrigado — disse Pete. — Pela comida. Eles me alimentaram antes de me trazer para cá. — Ele afundou os dentes em seu lábio, com a hesitação cintilando em seus olhos. — Por que estou aqui? Seu povo não se preocupou em explicar.

Vegas se aproximou.

— O que faz você pensar que eu vou? — O pensamento era divertido.

O menino inclinou a cabeça para o lado, olhando para ele quase timidamente, seus grossos cílios escuros emoldurava seus profundos olhos castanhos.

— Nada — ele disse, mordendo o lábio. — Mas eu gostaria de saber. Por favor.

Tão educado. Educado demais.

Os lábios de Vegas apertaram. Ele colocou a mão na cabeça de Pete e puxou seus fios.

— Você me acha burro? — Ele disse, sabendo que o aperto deveria estar doloroso quando lágrimas brotaram nos olhos do garoto.

— Não estou entendendo — Pete sussurrou.

Vegas olhou para aqueles lábios.

— Você realmente acha que algumas palavras de fala mansa são suficientes para me manipular?

O rapaz baixou os olhos, com culpa e desapontamento intermitente através de seu rosto.

— Parece que não sou muito bom nisso, sou? — Ele disse com um estremecimento e um sorriso torto.

— Não — disse Vegas.

O menino tinha sido muito bem-comportado e inocente para que isso fosse real.

Pete abraçou a si mesmo, olhando para ele com cautela.

— Você vai me punir por tentar manipulá-lo? — Sua voz falhou um pouco.

Vegas olhou para ele, considerando suas opções. Ele poderia sempre encomendar aos seus homens para fazer isso, mas a ideia não caía bem com ele. Ele culpou a aparência enganosamente jovem de Pete.

Vegas prontamente admitiu que ele não era um bom homem. Ele fez coisas que tinham certamente lhe reservado um lugar no inferno... se a vida após a morte existisse. Entregando, ele tinha feito essas coisas apenas com adultos, não com crianças. Pete Saengtham não era uma criança, mas o ar ingênuo que ele possuía sobre ele, juntamente com o rosto de bebê, fodiam com a mente de Vegas. Ele não queria entregar o pirralho aos seus capangas, mas o menino deveria ser punido. Se Vegas não o punisse, Pete poderia começar a criar idéias. Vegas tinha sido muito mole com ele como era.

— Você vai se ajoelhar naquele canto, colocar as mãos atrás das costas e permanecer assim até as sete da manhã. Sem pausas, sem banheiro, sem dormir.

Pete parecia que queria protestar, mas ele fechou a boca e silenciosamente foi até a esquina e se ajoelhou no chão, virado para a parede. Pensando no que aconteceu, essa punição parecia menos pior do que o resto, mas Vegas sabia como desconfortável e doloroso seria manter essa posição.

— Saiba que esse quarto tem vídeo-vigilância constante e você não vai gostar de sua punição se optar por me desafiar. Entendido?

— Yes, sir. — o menino murmurou.

Senhor.

Ele saiu da sala, tentando ignorar a maneira que a pequena palavra em inglês saindo daquela boca agradou algo nele. 

cruel × vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora