capítulo dezenove

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Esfregando o rosto contra o peito de Vegas, Pete se perguntou como era possível se sentir bem com um homem que era a definição do cara errado.

Era muito estranho como os dois eram compatíveis sexualmente. Não era como se as experiências sexuais anteriores de Pete tenham sido ruins, longe disso, mas com Vegas era diferente. Ele sentia como se fosse flutuar toda vez que Vegas o tocava e como ele era sedento por sexo.

Era inebriante e assustador.

Era assustador o quão perfeitamente Vegas podia ler o seu corpo e brincar com ele. Vegas era mandão quando Pete queria, gentil e compreensivo quando Pete precisava de carinho e deliciosamente cruel quando Pete estava com vontade de fingir que ele não o queria. Ainda que com ele, Pete sempre quisesse.

A pior parte era que ele também agia assim. Pete estava tão sintonizado com Vegas, que quando o cara estava de mau humor, se encontrou sendo dócil e extremamente submisso, deixando Vegas marcá-lo e descarregar a sua frustração em cima dele.

O que deixava ele mais confuso era que ele não poderia afirmar que ele não estava sendo usado e enganado. Vegas não fingia ser algo que não era. Pete não de repente, começou a pensar que Vegas era apenas um homem incompreendido ou bom. Ele não era um cara de brincadeira e Pete estava ciente disso, ainda que não mudasse a intensidade de como estava insanamente atraído por ele.

— Você é muito malvado — ele murmurou no peito de Vegas. — Como você me transformou nesse ninfomaníaco?

Ele sentiu mais do que ouviu o riso de Vegas.

— Não é minha culpa que você seja um pequeno submisso, sweetheart.

— O que significa isso? — Pete murmurou, sem se preocupar em negar a declaração. — Eu não conheço essa palavra.

Soou como um apelido. Pete esperava que não fosse um apelido. A tendência de Vegas de usar palavras carinhosas não queria dizer que era agradável totalmente.

Vegas puxou seu cabelo.

— Significa docinho. ou perto o bastante disso.

Ótimo. Outro apelidinho encenado.

— Eu estou começando a pensar que você tem uma coisa pelo meu cabelo — disse Pete.

— O que lhe deu essa ideia? — Disse Vegas, passando a mão pelos seus fios.

Eles caíram em um silêncio que não deveria ter sido tão confortável.

— Alguma vez você já matou alguém? — Pete murmurou, arrastando os dedos para baixo do braço muscular de Vegas.

— Já. — Vegas respondeu.

Um arrepio percorreu a espinha de Pete.

A resposta de Vegas não o surpreendeu, por si só, ele teria ficado mais surpreso se a resposta foi negativa, mas a calma com que ele falou sobre isso que foi fodidamente apavorante.

Pete olhou para a tatuagem no braço de Vegas, uma única palavra em inglês: Remember. Significa que Pete não conhecia a história por trás da tatuagem, mas parecia um bom conselho para que ele se lembre de nunca esquecer o que esse homem era capaz.

— Quer dizer, pessoalmente ou ordenando? — Disse Pete.

— Há uma diferença? — Disse Vegas, com a voz muito seca. — Uma morte é uma morte, não importa cujas mãos fazem o trabalho sujo. Mas para responder a sua pergunta: já fiz as duas coisas.

Pete traçou seus dedos inferior, para a mão de Vegas. Uma mão que matou alguém. A mão que poderia reduzi-lo a uma tremendo irracional com o mais leve toque.

cruel × vegaspeteWhere stories live. Discover now