capítulo doze

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Três dias depois, Pete olhou melancolicamente para porta trancada do quarto de Vegas. Ele não conseguia ouvir nada do outro lado. Ele levantou a mão e bateu na porta, ignorando a voz no fundo de sua mente que lhe dizia que estava louco.Pete não se importava. Ele estava exausto e aborrecido por não conseguir dormir direito pela a quarta noite consecutiva.

Era tudo culpa dele.

A porta abriu e Pete se encontrou em recepção um olhar frio. Vegas apoiou os ombros contra o marco da porta, olhando para Pete da cabeça aos pés. Ele estava vestindo apenas samba canção preta com seu cabelo escuro despenteado.

Pete se mexeu, olhando para qualquer lugar, menos para o peitoral exposto de Vegas.

— Existe uma razão para você estar batendo na minha porta às seis da manhã? — Disse Vegas.

Pete cruzou os braços sobre o peito.

— Eu estou com fome.

— Você está com fome — repetiu Vegas, de alguma forma conseguindo transmitir como totalmente irrelevante que o fato era para ele, sem alterar sua expressão.

— Sim — disse Pete. — Eu não comi nada desde ontem à tarde. — Ele não conseguiu resistir a vontade de espiar por cima do ombro de Vegas na grande cama dominando o quarto. A cama estava vazia, mas os lençóis amassado. — Então, a sua puta finalmente se foi — disse ele antes que pudesse se conter, imediatamente se arrependendo quando o olhar de Vegas ficou afiado e algo como diversão brilhou em seu rosto.

— Você estava ouvindo atrás da porta, gatinho?

Pete olhou para ele.

— Eu não consegui dormir a noite inteira por causa dos gemidos dela pela quarta noite seguida. Sério, você tem mesmo que transar com ela às três da manhã no banheiro que compartilhamos? — Não era possível olhar Vegas no olho por mais tempo, ele desviou o olhar para orelha esquerda de Vegas. — Eu estou com fome e preciso de alguma coisa para vestir. A camisa que você me deu está quase andando sozinha.

— É cativante como você acha que pode perturbar o meu sono sem uma razão boa o suficiente — disse Vegas, com um toque de aço soando em sua voz.

Pete congelou, com os olhos cintilando para Vegas. Ele engoliu em seco.

Vegas estendeu a mão, pegou a gola da camisa de Pete e o puxou para perto. O coração de Pete bateu em sua garganta e sua boca ficou seca.

— Ou você estava querendo apenas a minha atenção, amor?

Pete balançou a cabeça. É claro que ele não queria a atenção de Vegas. Ele teve muito dela nos últimos três dias.

Todos os dias, Vegas ia para o seu quarto, conversava com ele sobre coisas aparentemente não relacionadas ao que realmente interessava e apenas mantinha os olhos nele. Era um pouco irritante, embora Pete não pudesse reclamar que ele estava sendo maltratado. Ele tinha uma cama macia, era alimentado bem o suficiente e os espancamentos dos guardas eram uma memória distante agora. Vegas nem sequer o tocava mais. Francamente, Pete não tinha muito que reclamar. Comparado aos outros sequestros, nada tinha sido muito desagradável, a não ser agora ser forçado a ouvir mulheres gozando escandalosamente todas as noites.

Vegas riu, sua mão se movendo da camisa de Pete para seu pescoço. Seu polegar pressionou contra o pulso batendo loucamente de Pete.

— Pequeno mentiroso — disse ele. — Você veio aqui por estar com ciúmes da mulher bonita que me divertiu na noite passada?

Pete balbuciou.

— Com ciúmes? Eu não gosto de você. Você é uma pessoa do mal e horrível.

— De os olhos cruéis — Vegas acrescentou, com diversões atando suas palavras. — Não se esqueça dos olhos cruéis.

cruel × vegaspeteWhere stories live. Discover now