capítulo trinta e dois

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— Bom — disse a mulher, olhando ao redor da suíte espaçosa em apreciação.

Vegas deu de ombros, lançando um olhar desinteressado sobre a sala. os hotéis de luxo começaram a perderem o brilho.

Sem pressa, ele pegou a gravata.

— Eu tiro pra você — ela disse com um sorriso, empurrando a mão dele e começando a desabotoar a camisa.

Vegas deixou seus olhos seguirem as curvas de seu corpo semi-nu, tentando reunir o interesse nele. Ele deveria ter sido mais do que interessado. Tinha passado um tempo desde que ele tinha tido uma mulher. Quase metade de um ano. Para ele, era inédito. Era até mesmo inédito conseguir ser monogâmico por uma semana, quem dirá por meio ano. A coisa mais peculiar foi que ninguém o obrigou a permanecer monogâmico. Pete sabia como ele era e jamais exigiu isso em voz alta, embora seus olhos contassem algo diferente.

Pete tinha estado cada vez mais carinhoso e carente, saudando Vegas com um sorriso radiante sempre que ele voltava de uma de suas viagens. Entretanto, essa tinha sido a última viagem que Vegas tinha feito em nome de Pete. Levou quase dois meses para arrumar bagunça que Saengtham tinha deixado, mas agora tudo estava acabado. Ele não tinha nenhuma razão para se manter perto o suficiente.

— Estou chateando você? — Disse a mulher com um tom brincalhão, escovando os dedos contra sua virilha através de suas calças.

Seu sotaque parecia estranho depois de meses falando inglês.

— Eu não sou um adolescente, linda — disse Vegas. — Eu não vou ficar de pau duro apenas por ver uma mulher semi-nua, não importa o quão bonita ela seja.

Ele decididamente não pensou sobre o fato de que ele não tinha problema em ficar duro só de olhar para a curva dos lábios de um certo garoto de covinhas.

Uma sensação de desconforto se instalou na boca do estômago. Irritado, Vegas segurou e beijou a moça bruscamente, fazendo um esforço consciente para
se concentrar na suavidade de seus lábios e seios. Ele sentia como se ela estivesse total sem sentido. A boca dela não era doce o suficiente e seu cabelo estava não macio o suficiente, e...

Vegas quebrou o beijo e virou as costas para ela.

— Eu mudei de ideia. Saia. — Suas palavras foram cortadas e apertadas com raiva e ele não ficou surpreso quando ela saiu sem dizer uma palavra.

Assim que a porta se fechou atrás dela, Vegas deu de ombros, tirou a camisa, enrolou em seu punho e atirou em pela a sala.

Droga.

Sua tentativa de provar que não estava  figuradamente de quatro por Pete deu errado.

Beleza, ele estava viciado.

Mais do que viciado.

Com um suspiro, Vegas sentou na cama e passou a mão sobre o rosto. Ele era um cara maduro. Não tinha mais idade de ficar em negação. Talvez fosse hora de chamar de admitir as coisas, não importa quão inconveniente para ele era a verdade.

A verdade era que Vegas queria apenas o seu menino de cabelo bonito. Ele queria ser dono dele. Ele queria ter Pete só pra ele. Vegas queria conseguir ter Pete o tempo todo para que ele fosse 24/7 disponível pra si. Ele queria ser capaz de enterrar o rosto nos cabelos suaves de Pete e chupar deixar chupões pela a pele que sempre que ele desejava. Ele queria ter o direito de agir assim.

O que deixava ele maluco era como ele poderia fazer isso. Vegas não estava acostumado a negar qualquer coisa, sendo álcool e drogas sendo as únicas exceções. Mas querer Pete... Deixava ele com um pé atrás.

cruel × vegaspeteWhere stories live. Discover now