04. avoiding problems

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SCARLET PETROV

📍 | São Petersburgo - Rússia

Eu conheci tudo — ou quase tudo — que habitava na Narcóticos. Estava impressionada com o tamanho do quase prédio da AINOIE. Superou minhas expectativas quando olhei ala por ala.

A Narcóticos era uma agência que não estava aliada a nenhuma nação ou ficava sob controle do governo, e sim, agia por si própria e em segurança de todas as pessoas.

E após isso Ivan me explicar sobre tudo isso juntamente a Miles que me contou mais coisas, conversei novamente com meu chefe e falei que queria voltar para arrumar minhas coisas e resolver assuntos pendentes. E ele cumpriu com a promessa que me levaria e buscaria quantas vezes fosse necessário.

Já se passavam um pouco mais das três da tarde quando cheguei na EILD e assim que passei pelas portas de vidro, encontrei um Valentin com a cara nada boa olhando-me com reprovação.

— Eu te demitiria agora mesmo se já não tivesse feito isso por si própria — ele andou em direção ao seu escritório, com um menear de cabeça antes de sumir do meu campo de visão, eu soube que era para o seguir.

"Cuidei de tudo antes de vir para cá e depois que aceitou o trabalho. Apenas concorde com as coisas que lhe perguntarão."

A prévia fala de Ivan quando estava prestes a entrar em seu jatinho particular passou pela minha cabeça, fazendo-me lembrar que, talvez, ele já tinha me demitido. Como? Eu não saberia.

— O que deu? Achou outro emprego melhor? — Começou assim que se sentou em sua cadeira.

— É... Achei, sim — um que me valorize, quis completar.

Valentin riu.

— Saiba que não tem outro emprego melhor do que esse, Scarlet. Você faz parte da perícia e das investigações, acha mesmo que tem coisa melhor que isso?

— Senhor, olhe bem... — eu estava tentando procurar as palavras certas para conversar com meu ex-chefe, por mais que seja tentadora a ideia de mandá-lo tomar no cu ao sair daqui. — Eu agradeço pelo tempo que trabalhei com o senhor, mas isso acabou.

Valentin me observou com mais atenção e deu de ombros.

— Pedi para que Cole recolhesse suas coisas — tentei abrir um sorriso curto, deixando de lado o fato de que ele mexeu em minhas coisas. — De qualquer forma, boa sorte nessa nova jornada — foi a última coisa que ele disse antes que eu abaixasse a cabeça em um gesto agradecido e girar meus calcanhares para minha antiga sala, qual eu sabia que encontraria Cole.

A EILD não era enorme, mas um tamanho ótimo para as pessoas que trabalhavam aqui. E como de costume, foi fácil chegar ao local onde eu lia sobre os casos, percebendo a presença do meu colega assim que cruzei a porta de cor clara.

— Eu sabia que não ia querer que eu metesse a mão nos seus pertences — foi a única coisa que ele disse quando parei em sua frente. — Então você irá para Moscou?

Dei um sorriso dando de ombros.

— É — balbuciei e comecei a recolher meus objetos pessoais, documentos e tudo o que eu guardava em minha gaveta particular.

BORN IN BLOODWhere stories live. Discover now