08. entering a dead end

4.7K 545 75
                                    

o capítulo não está revisado, portanto, peço perdão desde já por qualquer erro presente durante a leitura. não se esqueçam de votar e comentar.
beijos <3

────────────────────────────────

*

KYARA CACCINI
seis anos atrás

UMA SEMANA DEPOIS

   Já tinha se passado alguns dias desde a morte de meu pai.

Assim como já tinha se passado o mesmo tanto de dias que eu não consegui nada para começar a ir atrás do assassino do meu pai.

Cheguei a ir até mesmo na delegacia para que eles mudassem o caso, visto que aquelas balas gravadas em sua pele manchada pela tinta preta em forma de desenho foi visível que ele era o principal alvo do suspeito.

Não podia me sentir mais fracassada depois de ter sido xingada na frente de todas as pessoas presentes, esperando que algum policial os ajudassem.

"Ganhe um pouco mais de peso para depois pensar em ir atrás de um bandido que lhe daria uma verdadeira surra, ruivinha."

As palavras direcionadas a mim antes de começarem a dizer mais coisas horríveis sobre meu estado deplorável ou a tolice de achar que eu conseguiria ir atrás de um cara perigoso, ecoaram pela minha cabeça pela milésima vez em menos de cinco horas.

Os pensamentos constantes que rondavam minha cabeça como passarinhos em desenho animado foram bloqueados quando a voz fina da minha tia atravessou meus tímpanos, fazendo-me virar o pescoço para o lado oposto e olhá-la.

Depois que fui até a delegacia sem que ela soubesse, fomos buscar as cinzas do meu pai com minha tia, Bianca, que passou a morar comigo. Não nos mudamos, apenas ela que fez um deslocamento breve para onde eu vivia e agora passamos a morar juntas.

Ela não parecia feliz em ter que cuidar de mim, isso era nítido toda vez que parecia lembra que agora tinha responsabilidades. Sua vida sempre foi passar vários dias foras, aproveitando e não deixando de ter pessoas diferentes frequentando sua residência, e agora, ela tinha que ficar sobre minha supervisão.

Passei a me sentir um verdadeiro fardo na vida dela.

— Precisa ir à escola, ou então a assistência social nos dará dores de cabeça — seus olhos não saiam um segundo da estrada. — Outra coisa, sabe onde está as chaves daquele escritório do seu pai? Aquela merda me dá agonia apenas por não saber o que tem dentro.

Não respondi sua pergunta que deixou-me um pouco irritada pela forma que se expressou. Eu sabia, mas não falaria isso para ela. Não permitiria que mexesse nas coisas dele e da mamãe.

Ignorando sua fala, mudei a direção das minhas íris para a urna branca em meu colo, logo passando meu polegar lentamente sobre a mesma.

Não tinha se quer um pingo de água para derramar, e essa era a minha maior vontade toda vez que olhava para o objeto e sentia meu corpo ser tomado por dor, saudade e uma imensa tristeza que não tinha o menor cabimento em meu peito.

Eu não fazia outra coisa além de chorar e me sentir perdida em um verdadeiro limpo onde pessoas vagavam pelo mundo procurando as partes que caíram de suas almas pecaminosas enquanto tentavam ser inteiras de novo.

BORN IN BLOODWhere stories live. Discover now