15. a lot of shit

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HUNT HAWKE

Aquela filha da puta havia acabado com tudo.

Ela sumiu como a porra de um animal no cio louco para transar, e eu não consegui encontrá-la antes de ter deixado Alec em um estado completamente deplorável.

Maldito momento em que tirei os olhos dela por um mero segundo. Já era tarde, é grande parte, era minha culpa.

— Ai, caralho — resmunguei quando o senhor à minha frente vestindo um jaleco branco, apertou o esparadrapo ainda mais contra minhas mãos.

Ele não fez uma feição muito boa quando me fitou por cima dos óculos redondos bem na ponta de seu nariz. Não me desculpei, no entanto. Apenas o fulminei com o olhar de uma forma ainda mais desagradável.

Coçando a garganta, ele terminou de cuidar dos meus machucados.

— Ao contrário de sua colega que teve uma sorte grande, os seus cortes não foram graves — disse quando se levantou, guardando o estetoscópio que tinha em volta do pescoço.

O autocolante envolvia ambas palmas por completo e acabavam um pouco mais acima do pulso. Estiquei os braços em frente ao corpo, abrindo e fechando os dedos com dificuldade. As veias saltadas fora a certeza que a dor era muito bem-vinda em meu corpo. Analisei com mais calma minha pele bronzeada com marcas feias de machucados causados por mim mesmo.

Flexionei a mandíbula ao me lembrar do que aconteceu. Era como se todas as minhas versões estivessem prestes a tomarem sua verdadeira forma, prontas para condenarem-me mais uma vez.

Estes pensamentos evaporaram quando o barulho de aparelhos médicos sendo jogados apressadamente na maleta penetrou meus ouvidos. O senhor estava indo em direção a Hyejin. Varri os olhos pelo quarto em que estávamos escondidos em algum buraco localizado aqui no Japão, percebendo como as sobrancelhas de Liz estavam juntas. A própria estava com raiva. A garota dos cabelos escuros estava com raiva. Eu estava com raiva. Com muita raiva.

Seria capaz de arrombar aquela porta e fazer o mesmo com ela o que fez com a porra do suspeito. Contudo, apenas empurrei o material pesado com brutalidade.

Confesso que não reconheci Scarlet quando a encontrei repleta de sangue pronta para arrancar a cabeça de Alec fora. Os cortes em sua coxa e no braço deixou dúvidas em como ainda estava de pé, mas não demorou um minuto para que ela caísse desmaiada. Por sorte, Hyejin e Liz chegaram pouco tempo depois.

O barulho da madeira batendo contra a parede ecoou pelo quarto, assustando a demônia ruiva que estava sentada na cama de cabeça baixa. Então o sentimento de estar sendo o idiota fora tomado pelo de arrependimento pela primeira vez em anos quando seus olhos cor de âmbar com vestígios de verde ao redor da pupila dilatada fitou-me com curiosidade. Seus cabelos estavam amarrados no alto da cabeça, e mesmo os fios ruivos estando desgrenhados, a própria continuava bela.

Ela usava um short preto extremamente apertado que batia um pouco mais acima de suas coxas grossas e bem definidas. A perna esquerda estava totalmente enfaixada, assim como o braço. As mãos com o mesmo curativo que os meus, e a coxa direita com uma faixa bem prensada contra a pele. A blusa curta da mesma cor que a peça debaixo deixava à mostra seu abdômen forte. Os seios cheios e arredondados roçando contra o tecido fino fora a certeza que estava sem sutiã por conta dos mamilos rígidos marcando, e isto, sem sombra de dúvidas, me hipnotizou ainda mais do que sua bunda quase de fora ou o físico completamente sensual.

Essa desgraçada era gostosa pra caralho. Gostosa e deslumbrante o suficiente para que Vincent Van Gogh se remexesse no caixão apenas para colocá-la em um quadro impressionista. Se acontecesse e seu corpo esculpido a mão por um algum deus impuro, ela seria a próxima pintura clássica a ser admirada em um museu apenas para artes raras.

BORN IN BLOODWhere stories live. Discover now