Meu gatinho de estimação -sasusaku

Capitulo 46

   Não havia mais clima para continuar naquela boate, Itachi se sentia confuso imerso em sentimentos do passado que o torturava fazendo seu peito doer com lembranças dolorosas. Por esse motivo ao voltar para junto de Shisui o mesmo comunica que já estava indo embora e como Shisui era muito perceptivo notou que o amigo não estava bem, algo havia acontecido e por isso nada questiona sobre a decisão do moreno, apenas o acompanha após pagar pelo que haviam consumido.

  Em silêncio ambos voltam ao carro, o rumo estava definido, iriam para o apartamento do moreno mais velho e lá conversariam pois sabia bem que o amigo estava precisando conversar.

  O trajeto dura 20 minutos, o apartamento do moreno mais velho era perto da boate a duas quadras do local. Embora fosse um tanto perto, o trânsito não estava tão bom, por isso demoraram alguns minutos para chegarem. Ao chegar Shisui desce do carro junto ao amigo após estacionar o carro no estacionamento do prédio e travar as portas para em seguida se encaminharem ao elevador. Ambos adentram na caixa de metal em total silêncio, o semblante de itachi estava sério como o habitual porém Shisui conhecia bem demais o amigo para saber apenas em olhar para ele que estava triste, notou no olhar vago do mesmo que o moreno estava pensativo e provavelmente era sobre algo do passado ao qual estava preso.

  Após uns 2 minutos ambos saem do elevador e se encaminham a passos largos a porta do apartamento do Uchiha. Itachi abre a porta do ape inserindo a senha, ao qual poderia ser aberto tanto pela chave quando por senha. Ambos adentram com itachi se encaminhando para a cozinha enquanto Shisui fecha a porta atrás de si para em seguida seguir o amigo.

- Itachi, o que ouve ? - questiona Shisui ao chegar na cozinha observando o amigo com um copo de água na mão o levando a boca e tomando um gole generoso do líquido.

- Nada demais - profere o mesmo após beber toda a água do copo e depositar o copo na pia soltando um suspiro profundo e melancólico encostando as costas no batente da pia.

- Não me venha com essa, diga logo o que foi. Algo você viu na boate para sair daquele jeito do bar e depois voltar com cara de quem viu fantasma -ingada o mesmo a encarar o amigo- Vamos fale, sei que algo aconteceu. Lhe conheço muito bem para saber apenas pelo seu olhar e trejeitos.

  Itachi solta outro suspiro por entre seus lábios, seus músculos tensos e sua face cansada enquanto sua mente fervilhava relembrando o passado e a conversa que tivera com izumi na boate. Rever izumi trouxe de volta lembranças dolorosas que lhe corria o peito doendo pior do que se levasse um tiro a queima roupa.

- Itachi, fala logo - diz Shisui impaciente, não gostava de ver o amigo triste como estava.

- Okay. Atenção... me escute -o moreno por fim diz após apertar brevemente o mármore gélido da pia atrás de si- Vou lhe contar algo. Preciso falar ou irei surtar

- Então Diga! O que seria? -profere indagando curioso ao passo em que os olhos de itachi o encaram com toda a intensidade existente neles repleto de dor e confusão.

- Eu vi izumi -o mesmo fala de uma vez sem rodeios, não queria enrolar para falar sobre isso é não era de seu feitio.

  A fala de itachi deixando Shisui surpreso com seus lábios entre-abertos e olhos levemente arregalados.

- O que?  -indaga o mesmo em tom de voz elevado piscando varias vezes as palpebras- Como ? Quando?  Onde ?

- Ei! Fale mais alto para que todos escutem. talvez você queira acordar o prédio todo com seus gritos e alarde desnecessário - profere itachi em tom de repreensão- Talvez queira usar um alto falante para ajudá-lo nessa tarefa

- Desculpe, mas fiquei surpreso com essa informação. Faz anos que não sabemos nada sobre ela, creio que tenha uns 5 anos

- Eu sei -o moreno diz se afastando da pia caminhando rumo a sala com Shisui em seu encalço- Também fiquei surpreso.. quando a vi quase não a reconheci. primeiro a vi no sinal de trânsito, mas imaginei que havia sido apenas uma impressão minha ou talvez alucinação ou algo do tipo,  porem hoje confirmei ser ela.. assim que  a vi na boate -diz o mesmo passando a mão nos cabelos pretos-  não tinha como negar.. foi ela que vi no sinal.