Ela é apenas uma humana assustada que vive entre sobrenaturais. Mas e se ela descobrir... que não é humana?
AVISO: O Wattpad está com um bug que bagunçou um pouco alguns diálogos. Mas não acho que vá interferir muito na leitura.
NÃO é uma fanfic. É...
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Expulsa (ou quase)
Na fila do almoço todos estavam me olhando e falando sobre meu desmaio. Queda. Surto.
Cada um chamou de um jeito. Foi horrível. Eu me senti ainda pior do que antes. Não consegui sequer comer direito com tantos olhos curiosos.
Tento afastar a lembrança enquanto caminho solitária pelo gramado até o local do teste. Todas estão de uniforme. A líder obriga as meninas a usar sempre essa maldita e desconfortável roupa. Com um "R" estampado sobre o tecido azul, faz qualquer pessoa sã sentir-se ridícula. Mas, aparentemente, Amber adora o uniforme que ela própria desenhou. Suas amigas fingem gostar da roupa para não haver discussão.
Enfim, todas falsas.
Amber está gritando ordens para as meninas.
- ... e 1, e 2, e 3... Salto!
Uma garota de cabelo rosa salta no ar, seguindo o que sua líder pede. Ou, melhor, manda. As outras agacham num movimento que aparentemente deveria ser sexy, o que me faz dar risada.
- Assim, não, Lygia. Está péssimo. Você parece uma rã. Sei que pode fazer melhor.
Todas param e ficam de pé, observando.
Lygia cruza os braços, visivelmente chateada.
- Eu tô com muita dor e você sabe. Por isso, não queria vir. Você me forçou, então tem que se conformar com os meus saltos de rã.
- Sai daqui - Amber grita apontando para a direção de onde venho.
A garota começa a dar as costas para ir embora, mas Deborah a impede colocando um braço em seu ombro. Um sorriso cínico estampa a face também cínica da Debbie ao me ver. Ela apoia o outro braço em Eve.
Amber, notando minha presença, faz uma careta de desgosto.
- Está atrasada.
- Não sabia - finjo demência. - Obrigada por informar, Jones.
Ela bufa.
- Tente acompanhar as meninas, espertinha.
Ergo as sobrancelhas em desafio e vou para trás do grupo, me preparando para repetir os movimentos.
Amber estala a língua algumas vezes.
- Fica na frente, querida. Não consigo vê-la aí.
Arregalo os olhos em descrença.
- Como farei igual se na frente eu sequer posso ver o que elas estão fazendo?
- Se vira.
Ela dá de ombros.
Sinto meu sangue ferver de raiva. Com os punhos cerrados vou para o lugar indicado e me aqueço.
- Você demorou pra chegar e ainda fica aí se aquecendo? Vamos retomar o treino, garotas.
