CAPÍTULO 16 - POV LYN

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Invasores

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Invasores

Sam é um cara sem graça. Ele fica dando em cima da Caithlin sempre que surge uma oportunidade. Se soubesse que minha irmã é lésbica, talvez desencanasse. Às vezes fico me coçando para contar. Queria apenas ver sua cara de idiota.

Acho que a Caith gosta de vê-lo babando como o bobalhão que é - confesso, eu também - e fazendo de tudo para agradá-la. Infelizmente, não podemos nos livrar dele - por isso ela usa-o como quer - porque ele mora na nossa casa. Na verdade, nós moramos na casa do pai dele.

O Peter até que é legal, mas eu preferiria que fôssemos apenas eu, mamãe e minhas irmãs. Vivemos numa mansão desde que ele pediu nossa mãe em casamento. Eu era uma criança ainda, mas já entendia que a vida que levávamos não era tão boa para a mamãe. Bem, pelo menos uma de nós é feliz agora.

Sentados ao redor da mesa, degustamos uma iguaria que o meu meio-irmão trouxe da Europa. Olho o prato à minha frente. Não sei se gosto de comer algo que - ele jura - tem sabor de peixe. Por que alguém comeria algo com o gosto de um animal? Tem que ser muito doente para querer provar algo do tipo.

Ainda assim, aqui estou eu, consumindo uma coisa super-esquisita enquanto ouço o Sam discorrer sobre suas viagens por toda dimensão Asheik.

Do outro lado da mesa Sessey, minha irmã mais velha, revira os olhos e boceja.

Sorrio discretamente.

Sei exatamente o que vai fazer. Ela sempre faz.

- Cala a boca, Gulliver - diz com um ar dramático. - Ninguém está interessado nas suas histórias.

Entre eles, Caithlin dá uma risadinha. Mamãe esconde o rosto nas mãos e Peter dá de ombros.

- Fala isso porque só esteve neste planeta - defende-se o tonto do Sam. - Não sabe a sensação de conhecer outros lugares.

Sessey morde o lábio inferior, segurando-se para não contar que foi escondida para Zawa.

- Como estão as coisas com a banda, Casey? - pergunto para mudar o rumo da conversa.

- A Galáxia Azul vai gravar uma música nova daqui a alguns dias. Por isso descolori meu cabelo.

- Posso ir com você? Eu preciso de um pouco de rock para sair desse tédio. - Dou ênfase à última palavra e um olhar significativo em direção ao Samuel.

- Se você prometer se comportar.

Faço cara feia.

- Sou quase adulta, Sessey. - Ela não gosta que ninguém a chame pelo apelido. - Ficarei quietinha.

- Okay, pirralha.

Abro a boca para refutar, mas me lembro que a chamei de Sessey. Acho que mereci essa.

Voltamos a comer em silêncio. Engulo a tal iguaria com uma expressão de nojo.

- Escutou isto? - Sam pergunta ao pai.

- O quê?

- Um barulho.

Peter meneia a cabeça e volta a comer.

De repente uma sensação esmagadora toma conta de mim, a pele formigando. Cerrando os dentes para disfarçar, encontro os olhos também cheios de dor de minhas irmãs. Um brilho estranho passa a envolver cada uma de nós.

Minha mãe se engasga enquanto o marido e o enteado arregalam os olhos.

O momento de agonia parece não ter fim.

Um grito rouco passa pela minha garganta quando o formigamento intensifica e evoluí para uma queimação. Ouço Caith e Casey gritarem logo em seguida.

Então tudo volta ao normal.
Não faço ideia do que acabou de acontecer; mas tenho a sensação de que, seja o que for, isso tem alguma coisa haver com o nosso segredo.

- Pelos deuses! - Sam praticamente berra.

Deixo escapar um gemido e fecho os olhos.

- Jessica, querida, o que foi isso? - Na ponta da grande mesa de mogno, Peter interrompe o silêncio. - Foi assustador.

Ao invés de responder, mamãe vira-se para mim.

- Carolyn, você está bem? - Sinto um nó se formando na minha garganta.

Balanço a cabeça, incerta de poder falar sem gaguejar.

Caithlin dá um sorriso amarelo e volta a comer. Sua tentativa de fingir normalidade não funciona, porquê Sam volta a falar.

- Que merda foi essa? Alguém vai explicar? - Ele passeia os olhos por todos nós.

Enquanto mamãe se enrola com as palavras, Casey xinga baixinho. Não demora muito e mamãe está chorando. Meus lábios tremem, mas consigo controlar as lágrimas.

Então noto Caithlin ficar repentinamente séria. Um instante depois, sinto uma dor absolutamente insuportável na cabeça. E não sou a única.

Alguns segundos de puro terror se passam até que vejo homens vestindo roupas cinza invadirem a sala de jantar. Eles estão armados e carregam expressões amedrontadoras em seus rostos.

Mamãe desmaia.

Sam dá outro grito.

Peter entra em estado de choque.

Trocando olhares com Sessey e Caith, não perco mais tempo. Ergo as mãos, buscando o poder que herdei de um pai desconhecido.

E então, nada.

Horrorizada, encontro os olhos igualmente desesperados de minhas irmãs.

Pego talheres e pratos e jogo nos invasores.

Do outro lado da sala, vejo cada uma das meninas pegar uma cadeira e atacá-los.

Claro! Só eu poderia pensar em me defender com uma colher. Largo o objeto e pego um garfo, pelo menos é algo perfurante. Antes de poder usá-lo, no entanto, um homem me agarra, machucando meus ombros ao torcê-los para trás.

- Ai!

Casey vira-se ao perceber que fui pega. Ela arregala os olhos e cai no chão. O mesmo acontece com Caithlin.

- NÃO! - grito, para logo em seguida ver tudo escurecer e cair também.

Oi 😁 pessoas lindasO que acham que aconteceu com Lyn e suas irmãs?E os tais poderes?Me digam nos comentários suas teorias, babies😘😘😘Xoxo

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Oi 😁 pessoas lindas
O que acham que aconteceu com Lyn e suas irmãs?
E os tais poderes?
Me digam nos comentários suas teorias, babies
😘😘😘
Xoxo

CORAB 1Where stories live. Discover now