CAPÍTULO 17

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Um dia de festa (de novo)

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Um dia de festa (de novo)

Todos os anos Evelyn City comemora o aniversário com uma semana inteira de festa. Os trabalhadores saem mais cedo de seus empregos, as crianças ficam acordadas até tarde e os jovens são liberados para beber mesmo antes da maioridade. Esse ano não podia ser diferente. A prefeita Wendy Barrow, que está em seu primeiro ano de mandato, iniciou as festividades anunciando a construção de uma nova escola e postos de saúde.

Não participei da abertura da festa, pois estava com Jason e nossos amigos. Tia Marly disse que foi lindo. Seu marido, por ser âncora do Evelyn News, cobrirá o evento no último dia de festa e tem acesso aos bastidores do que é nosso maior festival do ano.

Ele disse que a prefeita Barrow fará um anúncio ainda mais impactante ao final do dia, mais ainda não sabe do que se trata.

Para sair um pouco da minha zona de conforto, decidi me fantasiar de Evelynete como a maioria das garotas. Quero dizer, não foi exatamente uma decisão. Fui coagida por Emily e Valery, que prometeram fazer por mim a leitura dos livros que fui obrigada por causa do surto e escrever as resenhas para entregar no próximo ano letivo. A ruiva até veio à nossa casa para ajudar com a maquiagem colorida.

- Fecha os olhos.

Valery enfia uma esponjinha na minha cara e passa sombra nas pálpebras trêmulas sobre meus olhos.

- Tô com vontade de espirrar com todo esse pó no meu rosto - digo, coçando a ponta do nariz.

- Você não tem alergia - Emily se intromete. - Fizemos um acordo e você não vai escapar, danadinha.

Sorrio, divertindo-me com suas palavras.

- Prontinho.

Valery me faz dar uma voltinha na frente do espelho.

- Tô ridícula - determino. A pele delicada acima dos olhos está dividida em três cores diferentes. Meu cabelo lilás foi decorado com flores azuis e cor de rosa que representam o primeiro empreendimento da família Lancy - cultivo de plantas para floricultura. O meu corpo, que antes só vestia roupas normais, está engraçado com a fantasia de agricultora versus jardineira de um tecido leve e ao mesmo tempo quente. - Nem sei mais quem eu sou.

- Para com isso, Manda - diz Valery. Ela agora só me chama assim. - Você tá fofa.

Olho para ela, que usa uma roupa igual. O vestidinho bege combina com os cachos vermelhos.

- Acho melhor irmos logo. - Abro a porta do quarto. - Os meninos estão esperando.

Chegando na sala encontro Jason e Theo sentados no sofá enquanto conversam com Leo, que está de pé e nos vê primeiro. Ele corre até Val.

- Você tá uma gatinha hoje.

- Ela tá sempre - Emily diz indo de encontro aos outros. - Oi, Theo.

O rapaz abre a boca para falar, mas sequer consegue pronunciar uma palavra coerente.

CORAB 1Where stories live. Discover now