Ela é apenas uma humana assustada que vive entre sobrenaturais. Mas e se ela descobrir... que não é humana?
AVISO: O Wattpad está com um bug que bagunçou um pouco alguns diálogos. Mas não acho que vá interferir muito na leitura.
NÃO é uma fanfic. É...
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Felicia
A confeitaria abre às oito da manhã no fim de semana, o que significa que tenho apenas quinze minutos para tirar os donuts das caixas e arrumá-los na vitrine.
Com um avental de bombazina - tecido canelado e macio -, vou até o depósito dos fundos.
Minha patroa, Sidney, sorri e pega uma caixa quando retorno.
- Amanda, docinho, está ansiosa com o primeiro Eterday na confeitaria? - Sua voz é melodiosa, quase cantada.
- Bem, acho que vai dar tudo certo. Minhas tarefas pareceram bem simples até agora.
Ela me mostra como posicionar os doces.
- E são. Mas você vai ver quando isso aqui estiver cheio de gente com fome. Fica uma verdadeira zona. É bem pior do que nos dias úteis.
Dou uma risadinha.
- Só posso imaginar.
- Espero que não derrame café no vestido caro de uma madame.
Minha expressão torna-se séria.
- Eu perderia o emprego antes de receber meu primeiro pagamento - concluo. - Isso é bem a minha cara mesmo.
- Relaxe, docinho. Eu não vou demiti-la por qualquer coisinha, não. Preciso de ajuda e você foi a única disposta a trabalhar aqui. As coisas ficarão loucas quando eu viajar.
- Você vai me deixar trabalhando aqui sozinha?
Arregalo os olhos.
- Não completamente. Vou contratar mais dois funcionários pra dar conta da demanda. Mas voltarei num piscar de olhos. Sequer sentirá minha falta.
Sobre isso não tenho tanta certeza. Nos quatro primeiros dias em que trabalhei aqui, me apaixonei pela personalidade sensível e alegre de Sidney. Ela contagia a todos com seu sorriso largo e a natureza simpática. É uma de minhas pessoas favoritas.
- Posso saber o motivo da viagem? - indago curiosa.
Ela estende a mão direita sem nada dizer. Demoro alguns segundos para registrar a informação. Olhando mais atentamente vejo um anel de noivado com um pequeno diamante no centro e sorrio. É simples e bonito, combina com seu jeito espontâneo.
- Que notícia boa! - Estendo os braços em sua direção. Já me sinto íntima. - Para quando vai ser?
- Daqui a três meses. Ou quatro. - Nos afastamos e seguramos as mãos uma da outra. Aperto seus dedos de unhas bem feitas. Seu sorriso é radiante. - Estou tão feliz.
