Ela é apenas uma humana assustada que vive entre sobrenaturais. Mas e se ela descobrir... que não é humana?
AVISO: O Wattpad está com um bug que bagunçou um pouco alguns diálogos. Mas não acho que vá interferir muito na leitura.
NÃO é uma fanfic. É...
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Caçada
Depois do ataque durante a comemoração ao aniversário da cidade a prefeita fez um pronunciamento ao vivo. Ela comprometeu-se a enviar mais segurança para as ruas: policiamento trinta horas por dia e cinco dias por semana, ou seja, o tempo todo.
Quando voltamos para casa, meus tios estavam furiosos e preocupados. Eles nos abraçaram e beijaram antes de nos fazer prometer que não sairíamos desacompanhadas.
Claro que prometemos, mas não é como se fôssemos cumprir. Por isso, decidi sair para correr antes que todos acordassem, às 4 da manhã. Quando eu voltar, a merda estará feita e não haverá mais nada que meus tios possam fazer. Não saí ontem porque dormi o dia inteiro.
Visto uma calça de moletom leve para não sentir muito calor quando o sol esquentar e uma blusa regata cinza. Meus tênis, um pouco gastos pelo uso, quase me fazem escorregar no meio do quarto - o que certamente despertaria minha família -, mas uso a parede como apoio. Encosto a porta de meu quarto e saio em silêncio.
Lá fora, o céu está pálido e um vento gélido me abraça quando chego à calçada.
- Não é isso que vai me fazer desistir - digo para mim mesma e para os microorganismos e pequenos seres que vivem nos jardins próximos.
Sorrio e começo a corrida ainda devagar. Desde o incidente há pouco mais de dois meses - quando acordei toda machucada e não pude sair para me exercitar -, queria voltar à rotina. Emily não aguenta correr muito, então hoje farei dez quilômetros ou mais, já que estou sozinha.
Falando nisso...
Já no fim da rua, olho por cima dos ombros. A casa de tia Marly está trancada, o que significa que seu marido não foi trabalhar hoje.
Franzo o cenho. Tio Joseph deveria apresentar o Evelyn News esta manhã, já que estamos no segundo dia da semana e ele só folga no último.
Retorno o foco ao caminho na minha frente. Isso não importa realmente e eu não pretendo perder tempo pensando no assunto.
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Percorro bairros conhecidos e até ouso passar rapidamente pelo centro. A praça principal já foi esvaziada, parece normal outra vez. Eu diria que até mais limpa do que antes do evento comemorativo. Mas as ruas adjacentes carecem de cuidados há muito tempo. A prefeita garantiu que seus planos para o novo ano incluem dar um upgrade nos prédios mais antigos e refazer o asfalto gasto por anos de pneus passando pelo local e pedestres inconsequentes que não usam a calçada - como estou fazendo agora.
Atravesso a cidade para ter uma ideia mais clara da distância percorrida. Infelizmente, meu relógio com medidor não está funcionando. Então ir de uma ponta à outra em Evelyn City faz total sentido. De onde moro até os bairros mais ricos são pouco menos de oito quilômetros, o que torna óbvio seguir na direção das mansões altas e modernas.
