CAPÍTULO 22

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Aprisionada

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Aprisionada

- Me tirem daqui! - grito pela vigésima sétima vez em apenas quatro minutos. Talvez cinco ou seis, não sei exatamente quanto tempo se passou desde que o cara alto me jogou na cela imunda e precária em que me encontro. Quando acordei, ainda nos braços do maldito, vislumbrei as paredes cromadas do que parecia uma instalação secreta daqueles filmes sobre espionagem.

Largada sozinha e sem esperança de voltar a ver a luz do sol, cujos raios fracos passam pela brecha no alto da parede ao fundo, sacudo novamente as grades e volto a gritar.

- Brutamontes desgraçado! Você vai pagar por isso. Quando eu sair daqui vou arrancar sua pele com os dentes, puxar seus cabelos e te fazer chorar como um bebê.

Ouço passos pesados se aproximando por um corredor e uma risada sarcástica.

- Fique quietinha, garota - diz aquele que acredito ser o que me trouxe para cá. - Sua voz irritante está acabando com meus tímpanos. E não vai querer que o mestre a ouça e fique irritado. Talvez ele mude de ideia quanto à deixá-la viva.

Arfo, dividida entre a incredulidade e o...

Medo.

É medo que sinto se apoderando de mim, serpeando sob minha pele. Nunca pensei muito em como seria minha morte, se ela chegaria quando eu estivesse bem velhinha ou se um acidente acabaria com minha existência. Mas, agora, olhando para o homem que me sequestrou, temo que ela esteja mais perto do que eu poderia cogitar quando acordei esta manhã.

- Eu vou matar você - ameaço. - Não importa que essa seja a última coisa que eu faça em vida.

Ele se aproxima da grade com um sorrisinho maldoso.

- Como pretende fazer isso aí dentro? - pergunta.

Rosno em resposta.

Arrependo-me no mesmo instante, ao ouvir sua risada preencher o local.

- Você continua engraçada, Amanda.

Ele dá as costas para ir embora.

- Mas o que... Espera!

O homem para.

- Como sabe o meu nome?

- Quer saber, como sei que você é uma peça importante no jogo do mestre e, por isso, ainda está viva?

Aperto a grade com mais força, determinada a descobrir alguma coisa - qualquer coisa - que me ajude a fugir.

- Quem é esse tal de mestre?

O silêncio é minha única resposta.

- O que ele quer de mim?

Silêncio outra vez.

- Quem é você? - questiono seca. Ser curta e grossa pode funcionar.

- Por que isso importa?

Reviro os olhos.

CORAB 1Where stories live. Discover now