Onze - Dylan

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A notícia do aparecimento de Luna já se espalhou. Como se as coisas fossem tranquilas com essa garota zanzando de biquini pela casa, exibindo aqueles peitos que pedem pra ser chupados com força, ainda tenho que lidar com os Moretti e outros curiosos que parecem ávidos por se tornarem parte da família Ferrari.

Eu sei que é uma afronta a mim, pensam que qualquer um que casar com uma das netas do Don terá uma vantagem, principalmente se for descendente de italiano, estão redondamente enganados. Eu estou sendo preparado para suceder o velho, então esses idiotas podem esquecer se acham que vão se infiltrar na família e roubar o que é nosso.

Além do mais, o cara que casar com uma das garotas Ferrari vai passar um bom tempo ocupado tentando domar a fera e não vai ter tempo de se meter nos meus negócios. Pobre coitado.

Pra piorar ainda mais o meu humor, Giovanni está estranho há dias. Não quer me contar qual é o problema e não há santo que o faça mudar de ideia. As coisas não podiam se complicar mais nem se eu quisesse.

— Você escutou o que eu disse, Dylan? — Ryan pergunta e eu suspiro, negando.

Ryan é alguns anos mais velho do que eu, é o homem sensato da família, e também um bom estrategista, com certeza vou mantê-lo ao meu lado quando comandar os negócios, confio minha vida a ele e sei que ele confia em mim.

— Droga! Já disse que não. — A voz de Luna me faz voltar do mundo da lua e me lembra que estou no escritório com ela, Ryan e o Don, que me observa com uma expressão carrancuda.

A confusão começou porque Luna decidiu que não vai andar com seguranças por aí. É o ser humano mais teimoso e irritante que eu conheço. Quase tão irritante quanto é gostosa. Porra, lá vou eu de novo viajar nas coxas grossas que cruzam de um lado para o outro.

Furiosa. Ela está furiosa e está irritando todo mundo.

— Por que você tem que criar caso com tudo? — pergunto, mas percebo imediatamente que é o maior de todos os erros.

— Porque a vida é minha — ela diz, olhando pra mim como se preparando para voar no meu pescoço para me esbofetear.

Não vou mentir, eu gostaria de vê-la tentando.

— Uma vida que você não vai ter por muito tempo se alguém descobrir que a neta do Don anda por aí desprotegida.

— Eu sei me defender muito bem.

Pronto, lá está aquele olhar desafiador.

Luna está de pé, as mãos na cintura e os olhos furiosos na minha direção. Seu rosto vermelho me diz que ela está se controlando para não xingar. Os shorts jeans marcam as coxas e o top preto desenha o contorno dos seios, me alertando de que por baixo dele existe uma pele lisa e macia, pronta para ser provada.

Provada, mordida, lambida.

Merda!

— Você não vai sair sem segurança — Giovanni diz e ela volta a se sentar, rangendo os dentes. — E por segurança, Dylan vai acompanhar você. Confio minha vida a esse garoto, então confio você a ele.

— Eu não sou a porra de um objeto que você passa de uma mão pra outra — Luna explode bem na hora que Giullia entra no escritório, enganchada no braço de Jason Bianchi, seu primo.

Já o estávamos esperando, mas a confusão com Luna acabou roubando toda nossa atenção.

O grandalhão se vira para trás e ordena que os soldados o esperem do lado de fora, depois acena pra mim e volta seus olhos primeiro para as pernas de Luna e depois para o rosto ainda inflamado pela discussão.

HERDEIRA DA MÁFIA - MaratonaWhere stories live. Discover now