Vinte e cinco - Dylan

52 4 3
                                    


Apoio minha cerveja na mesa e puxo a cadeira, sento, estico as pernas e meus pés descalços e olho para a piscina. A noite está bonita e a água é convidativa, mas não estou com humor para nadar, então me resigno a ficar vendo o movimento suave do vento nas plantas e na água.

É uma noite morna, boa para relaxar. Mas tudo o que eu menos consigo hoje é me sentir relaxado.

Desde que vim pra casa dos Ferrari pra cumprir minha missão de proteger Luna que sinto cada um dos meus músculos tensos. Falta de sexo? Sim, mas como é que vou me enterrar em uma mulher quando só consigo pensar em me enterrar em Luna? Quando é o cabelo dela que quero puxar, sua boca que quero sentir na minha, sua pele...

Merda, Luna fodeu com minha cabeça e não penso em outra coisa que não seja comê-la de todos os jeitos possíveis.

Faz algumas horas que o Don, a esposa e alguns dos nossos homens viajaram e eu já estou aqui, remoendo a situação em que me meti. Luna passou o resto do dia no quarto e eu passei cada um dos minutos desde então pensando em meter o pé na porta e provar aquela mulher.

Estou perdendo o juízo, eu sei. Mas não consigo mais negar que a quero. Quero como nunca quis antes alguma mulher.

Tomo outro gole grande da cerveja e volto a olhar o azul à minha frente. Sem camisa e apenas de calça de moletom, não seria difícil me jogar na água e esfriar o tesão que vem se acumulando desde que percebi que Luna virou o primeiro pensamento do meu dia e o último também. Mas não faço isso. Meu humor me faz preferir ficar aqui remoendo do que dando braçadas na água.

Acho que nada me relaxaria agora.

Nada.

Fecho os olhos por um momento e então escuto o som de passos. Respiro fundo quando os abro e vejo Luna. Ela está parada de costas pra mim e olhando para a piscina, pés descalços, cabelos bagunçados e usa apenas um vestidinho florido rodado nas pernas.

É a visão do paraíso e o inferno ao mesmo tempo.

Eu realmente quero essa mulher, mas ela não pode ser minha.

Luna não percebe que estou observando-a e por mais canalha que possa ser, não consigo desviar os olhos. Ela leva as mãos para o alto, estica o corpo, enrola os cabelos em um coque bagunçado e então faz algo que me pega completamente desprevenido.

A loira desata o laço atrás do pescoço e deixa que o vestido escorregue por seu corpo e se amontoe nos pés.

E ela está completamente nua.

Sento ereto na cadeira, atordoado, enquanto Luna desce os degraus da piscina e entra na água.

Ela dá algumas braçadas com a cabeça para fora, mas sem olhar pra trás, deixando apenas um vislumbre da bunda empinada e das costas bem desenhadas.

Em suspenso, levanto e, ao invés de sair para dar privacidade, fico congelado no lugar, observando a loira nadar de volta para a margem. Assim que ergue os olhos, ela me vê e eu sei que estou completamente perdido.

Tem algo de selvagem em Luna e quanto mais tento me distanciar, mais ela me puxa pra si.

Luna sai da água e sem qualquer medo ou pudor caminha até mim. Ela para em silêncio. Meus olhos descem por todo o corpo, os seios firmes, os mamilos pontudos que me pedem para chupá-los, a pele dourada e a fenda no meio das pernas, onde eu adoraria colocar minha boca agora. Ela é sexy demais.

Me dou conta de que a estou comendo com os olhos quando percebo o leve rubor nas bochechas de Luna. Dou um passo para trás, passando a mão nos cabelos e sentindo o latejar dentro da minha calça.

— Não posso — sussurro e Luna corta a distância entre nós.

Ela coloca as mãos no meu rosto e me faz olhá-la nos olhos, dilatados, ardentes. Caralho, essa mulher sabe como me tirar dos eixos, sabe me fazer sentir como se estivesse caindo de um abismo sem fim.

— Diga que você não sente nada e eu te deixo em paz.

— Não posso... não posso corromper você.

— Eu não sou uma garota indefesa, Dylan, eu sou uma mulher. E eu decido o que quero e, nesse momento, eu quero você, quero muito, mas se você não me quer tudo bem, basta dizer.

Reunindo toda a minha força de vontade, respiro fundo e aceno, tentando negar. Não posso corrompê-la, o meu mundo é sombrio demais para alguém com tanta vontade de viver.

Luna acena concordando, se afasta e pega o vestido.

Não posso tê-la. Não posso.

Mas eu a quero.

Merda, ela me quer também, por que diabos ainda estou parado como uma mula?

Eu quero essa mulher como jamais quis outra antes.

Mandando meu bom senso e toda a preocupação para o inferno, vou até Luna e a viro pra mim. Os olhos dela me encaram e estão nublados por lágrimas que eu provoquei bancando o idiota teimoso.

Limpo o rastro das lágrimas com meu polegar, em seguida, seguro-a pela nuca e a faço me encarar.

— Eu não sou um cara bonzinho, Luna. Eu já fiz coisas terríveis... mas eu quero você, eu quero muito.

Ela respira fundo e nem sequer pisca.

— Eu sei quem você é — diz e suas mãos correm para os meus ombros, aproximando nossos corpos. — E quero você assim mesmo.

Minha pele, meu pau, minha mente, tudo em mim grita para que eu a tome pra mim. Deixo que todos os pensamentos me escapem e levem a culpa para longe quando finalmente mergulho nos lábios dela.

Luna me recebe sem hesitar, deixando que eu pegue o que quero da sua boca e do seu corpo ardente. Ela solta um gemidinho manhoso e isso acaba de vez com qualquer resistência minha.

Minhas mãos correm para a bunda dela e eu a faço erguer as pernas e cruzá-las na minha cintura.

— Eu sabia que você me queria. — Ela sorri, chupando meu lábio e incendiando tudo.

— Vou mostrar o quanto eu quero — digo, dando os primeiros passos para a casa.

Luna não pode ser minha, mas eu já sou dela, não sei quando ou como isso aconteceu, mas tudo em mim pertence e implora por ela.

Vous avez atteint le dernier des chapitres publiés.

⏰ Dernière mise à jour : May 19, 2023 ⏰

Ajoutez cette histoire à votre Bibliothèque pour être informé des nouveaux chapitres !

HERDEIRA DA MÁFIA - MaratonaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant