DEZESSEIS

265 29 9
                                    

Ruel

Já fazia quase uma semana depois da ida na casa dos meus avós e a conversa da Lore com Miguel. Ele não retornou ou mandou ameaças até então, mas o irmão do Benjamin enviou um envelope dourado na manhã do dia anterior. Era um convite para um baile, o qual seria em comemoração a algo que ele não citou. Apenas disse que nossa presença era importante, e incluiu a da Chloe.

Era óbvio que isso era uma armadilha ou fazia parte de algum plano que Miguel estaria colocando em prática. E nós estávamos indo exatamente para a toca do coelho.

Soltei a fumaça dos lábios enquanto meus olhos subiam pelo corpo curvado da Lore. Ela estava procurando algo que caiu no chão do seu quarto. Ela estava praticamente na posição que eu adoraria aproveitar agora. Seu quadril balançava inocentemente enquanto suas mãos deslizavam pelo carpete escuro e seus olhos procuraram atentamente.

Um sorriso apareceu nos meus lábios quando a vi levantar e colocar as mãos na cintura, totalmente impaciente e frustrada. Ela ainda usava o roupão que colocou quando terminou o banho. Seu cabelo estava solto e úmido.

— Eu sei que está me olhando.

Claro que saberia.

— Sim. — traguei meu cigarro. — Claro que você sabe.

Lore assentiu e andou em direção ao closet. Segui seus passos e sentei na ponta cama para observar seus movimentos.

Minha garota tinha sua atenção nos vestidos luxuosos estendidos e bem acomodados no seu closet. Seus olhos castanhos se estreitaram quando avistou um da cor roxa e do pano liso. Outro vermelho chamou sua atenção, fazendo-a pegar o tecido e encará-lo em suas mãos, mas uma careta surgiu em seu rosto.

— Não.

Ri pelo nariz e joguei o cigarro no lixo.

Quando sua opção apareceu, Lore deixou um sorriso aparecer. Era uma calça de tecido liso e brilhoso, a qual a mulher nunca usou. Uma blusa sem alças, com o decote perfeito e provocativo. Um blazer que se ajustava em sua pele e realçava sua beleza. E como sempre, a cor de tudo era preta.

Minha garota usa o que quiser e quando quiser.

Ela não iria de vestido para a porra do baile. Isso me deixa orgulhoso pra caralho.

Continuei observando-a até seu corpo sumir de vista por alguns segundos quando ela se aprofundou no closet. Quando voltou, um sapato de salto fino estava em suas mãos.

Já consigo imaginá-lo vestida.

Meu pau endureceu.

— Você pretende se vestir, não é? — perguntou quando se aproximou e olhou para mim. — Vincent.

— Sim. — assenti e levantou a mão para alisar sua coxa.

Ela negou e se afastou. Ri e aceitei.

Quando a vi no banheiro tomando seu banho relaxante e calmo minutos atrás, invadi não só o seu espaço, como a sua boceta gostosa também.

— Vai. — Lore cruzou os braços. — O baile começou há uma hora.

Levantei quando ela se virou e passei meus braços por sua cintura. Meu nariz roçou sua nuca, arrancando um grunhido prazeroso da sua boca. Beijei sua pele quando seu corpo se arrepiou com o meu toque.

Tão minha, porra.

— Você sabe que isso pode ser uma armadilha. — sussurrei e chupei a ponta da sua orelha. Lore ofegou. — E mesmo assim quer ir para esse baile.

O RECOMEÇOTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon