• Summer Love (?) •

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Em minutos, Amanda estava na pequena vila, seguindo Ângela pelas ruas de pedras, em direção a área da praia, onde Antonio gostava de estar. Ângela apontou uma direção, enquanto pedia a Amanda que se mantivesse calma, para que tudo fluísse bem com o homem, e Amanda compreendia a preocupação. Em poucos passos, se afastou da mulher seguindo o caminho de madeira entre coqueiros e árvores. Mais alguns passos, e a areia quente da tarde, estava em seus pés. Amanda ergueu seu olhar para o horizonte, e pode ver a figura imponente na beira da água.

A silhueta, os braços, o desenho das costas, a forma como seu cabelo balançava enquanto ele se ajeitava ao sair da agua. Era ele. Não havia dúvidas. Amanda reconheceria Antonio, sem qualquer dúvida dentro de uma multidão. Seu primeiro impulso, era de correr se agarrando aos braços do seu marido. Mas isso o assustaria, pois seria apenas uma desconhecida, segurando uma pessoa na beira da praia. Sendo assim, com todas as forças que podia, Amanda seguiu o caminho de areia, em direção a ele. Seu Antonio.

Antonio sentiu a presença atrás de si. Não era preciso ouvir, ou ver. Ele sentiu o corpo vibrar, e como se uma onda quebrasse em seu peito, algo o esmagou por dentro. Assim que se virou, a viu. Os cabelos loiros, voando na brisa do mar, os pés descalços e os sapatos na mão da moça, indicavam que ela não estava preparada para andar na areia. Mas, o que realmente chocou Antonio, foi a semelhança com a mulher do seu sonho. Ela era de fato mais magra, mas muito semelhante a mulher dos sonhos. Sua boca ficou seca, enquanto ela se aproximava ainda mais, com os olhos variando entre ele e o mar, e quando enfim passou à frente de Antonio, o perfume dela pode inebriar seus sentidos. Tão familiar, conhecido e ao mesmo tempo, nunca havia se deparado com tamanha beleza. A mulher passou reto por ele, seguiu seu caminho pela areia, molhando seus pés na água gelada do mar, e quase a perdeu no horizonte. Seus olhos não podiam se desprender dela, não enquanto o perfume estava preso em suas narinas. Não enquanto, seu peito batia com tamanha força, sua mão formigava e sua boca estava ainda mais seca. Em mais alguns metros, a mulher se virou para o mar. Antonio pode ver que seu rosto brilhava, e ele percebeu serem pelas lágrimas. A mulher enfim, limpou o rosto, olhou para Antonio e se virou, indo em direção à vila. A cabeça de Antônio, latejou na região da nuca e o mesmo balançou a cabeça. Não era mais adolescente, mas pensava ter sentido pela primeira vez, um amor de verão.

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