• Palpitações •

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Angústia; Medo; Respiração pesada, e o único barulho que se ouvia era esse, da sua respiração batendo forte como seu coração quase ritmados, com a sensação de que tudo estava escapando de seus dedos. Não havia controle da situação, controle sobre o que realmente pensavam ou sentiam por ele. Parou a caminhonete que havia emprestado de Camilo, antes de chegar perto da casa de Ângela. Saiu da mesma e precisou controlar a própria ansiedade, antes que perdesse o controle. Segurou as duas mãos e começou a deslizar o indicador pelos ossos, contando cada um deles nas dobras da mão, descendo pelos dedos e a cada volta de pele. Sua respiração começou a normalizar, o peito parou de subir esmagando seu próprio corpo contra si. Ele sentiu que ela estava lá, a mulher dos seus sonhos, mas como dizer a alguém que uma mulher que ele viu uma vez na vida, provocou uma crise de ansiedade nele? Era apenas uma mulher. Bonita! Por Deus, como era bonita! Mas uma mulher. Não podia ficar tão nervoso assim. Sua própria família, não o deixou tão nervoso. Todos pareciam bem, emocionados até, mas por que Mário não pode falar de família? O que faltava nesse quebra cabeças, quem faltava? Talvez os amigos pudessem falar algo que revelasse o segredo, alguém teria de dizer a ele o que aconteceu nesses anos.

Mas Antonio agora, lembrava de detalhes. De João, das academias por Miami, Curitiba, São Paulo, Paraíba. Ele sabia que tinham projetos e que foram concretizados. Tudo até Nova York. O que mais aconteceu naquela semana, que não voltava a sua mente?! Antonio socou a caminhonete que cedeu a lataria devido à pressão da força imposta por seu punho. Precisava consertar isto antes que Camilo sonhasse com um amassado e... Ama... Outro latejo. Sua cabeça doeu novamente, provocando uma dor aguda na nuca de Antonio, perto da cicatriz. Ele estava cansado, pelo dia corrido que teve e ainda tinha de voltar para ver amigos. Afastou o pensamento da caneca, voltou para a caminhonete e seguiu caminho para a oficina mais próxima. Consertou a lataria, e pode voltar até a casa de Ângela, onde viu os dois sentados na escada o esperando. Contou a eles sobre o almoço, a família, a sensação e viu Camilo rir como se ele houvesse contado algo muito óbvio ou muito engraçado mesmo.

- Ihhh! O que foi?

- Nada Rapaz. E você venceu Ângela. Eu não entendo nada de nada.

Os dois riram juntos, e Ângela os chamou para entrar.

Passaram a tarde fofocando, sobre família, passado, as vitórias que Antonio tinha e finalmente começaram a conversar sobre a sua verdadeira carreira. Muito se fez sentido, exceto uma coisa: Ela. A mulher dos sonhos

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