Broken Rules - Livro 1

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Lua White

— Terminei! — exaltei quando digitei o ponto final do fichamento e joguei meus braços para o alto.

Demorei mais do que eu imaginava que demoraria e saber que fiz tudo sozinha, me encheu de orgulho. Me sentei na minha cama e vi Judy muito concentrada no celular, ela tinha as sobrancelhas franzidas e sua boca exclamava sua confusão.

— O que foi? — indaguei e pulei na sua cama, curiosa para saber o que a tinha intrigado.

— Elas querem que eu participe da coreografia do próximo jogo do Red Wings.

Arregalei os olhos e sorri abertamente com a notícia, mas isso não parecia alegrar a loirinha.

— Isso não é maravilhoso?

— Não! — colocou o celular na cama e se levantou, exasperada. — Eu sou iniciante e deveria ter mais um tempo para me preparar.

— Iniciante, mas não incapaz.

— O próximo jogo vai ser um dos jogos mais importantes da temporada, Lua. Eu não posso...

— Não, não! Pare de falar essas coisas. Esses pensamentos trazem desgraças para nossas vidas. Foca no pensamento positivo e se arrisca. — ela maneou a cabeça e suspirou cansada sentando-se novamente ao meu lado. — Por que é um dos jogos mais importantes?

— Esse jogo vai decidir quem vai para a final e vai competir com os New York Blackhawks. Falei para você que isso aconteceria. — fez bico decepcionada por eu não lembrar.

Deitei na sua cama concordando e ela fez o mesmo ficando ao meu lado. Ambas olhamos para cima e suspiramos deixando com que a calmaria nos atingisse. Era raro, porém, eu adorava quando ficávamos assim. Em silêncio e apenas aproveitando a companhia uma da outra.

Meu celular vibrou na minha mão e me neguei a olhar enquanto estava ali. Nada de problemas, nada de pensamentos perturbantes e definitivamente, nada de mensagens noturnas. A vibração se repetiu e Judy se remexeu desconfortável, provavelmente, querendo saber o que era.

Depois disso, o silêncio durou menos de 10 segundos.

— Vê logo. — disse e abanou para cima.

— Estava um silêncio tão bom...

— Pode ser importante.

Grunhi contrariada e olhei para o celular. Na mesma hora, meu coração se encheu e começou a bater mais rápido. O mesmo frio na barriga de antes retornou e me sentei de supetão, querendo ver o que havia na mensagem dele.

| B do meu ódio

Venha até a frtaerindade. (19:56 p.m)

Mordi o lábio e entortei a cabeça para o lado. A última palavra estava digitada errada e não foi difícil para saber qual era, ainda assim, nunca havia acontecido antes. Ignorei e rolei a tela querendo ver a outra mensagem, porém, aquela em especial, me fez desejar bater na cabeça de Bryan com uma marreta, até que ficasse impossível de reconhecê-lo.

| B do meu ódio

Se não vir, EU VOu podtar. (19:58 p.m)

— O que eu fiz para merecer isso? — praguejei baixo e virei o celular para a loira. — Ele só vai parar com isso quando eu o estrangular.

Minha amiga pegou o celular e leu a mensagem, depois me encarou e sorriu.

— Essa hora? — gargalhou. — Sua nova chance.

— Chance de me meter em mais confusão?

— Chance de pedir para ele excluir a foto. Se ele quer algo de você, deveria pedir isso em troca e tenha certeza que ele irá fazer o combinado. — me devolveu o celular e amarrou seus cabelos em um rabo de cavalo.