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Lua White

Depois que saí do vestiário, senti-me observada por todos. Podia ser impressão ou apenas medo do julgamento por conta da besteira que fiz naquela cabine minúscula. De toda forma, não me encolhi. Andei até o casal que conversava descontraidamente e puxei minha toalha cobrindo-me.

— Se você ficar mais vermelha que isso, vai explodir, linda. — Connor brincou sentado ao lado de Judy que ainda estava deitada na espreguiçadeira.

— Não diga nada, por favor. — pedi, baixinho. — O que faz aqui?

Ele não respondeu, só me encarou e deduzi que esperava o amigo nada puritano.

— Vamos pro dormitório, vou só tomar um banho para irmos lá, tá bom? — falei para Judy e ela concordou se levantando e acenando para Connor, que retribuiu.

Diferente de Judy, que dizia ser mais achegada a Connor entre os quatro da gang, eu não me sentia confortável de falar com nenhum deles com tranquilidade. Nem com Bryan... ainda.

— Vão sair hoje? — a pergunta saiu descontraída, mas fiquei dura. — Aceitam mais uma companhia? Prometo ser divertido.

— Deixa pra próxima. — dessa vez foi Judy que respondeu.

Caminhamos juntas até o dormitório e o risinho da minha amiga foi o som que detestei ouvir, pois minha vergonha já era o suficiente para me desestabilizar.

— Deve ter sido bem... quente lá.

— Gosta de me ver envergonhada, Judy? Está conseguindo me fazer querer me enterrar na areia.

Ela tornou a gargalhar quando passamos da porta do quarto.

— Eu monto uma fanfic toda vez que acontece algo com vocês. — poderou e se jogou na sua cama.

— Não imaginei que ele faria isso.

Fui até o espelho do banheiro e observei as marcas nas minhas coxas. Respirei fundo, extasiada e entrei no box, tomando meu banho rapidamente. Quando retornei para o quarto, me vesti e acenei para ela.

— O que estava pensando? — me questionou e chamei o uber pelo celular. — Imaginou que ele te deixaria em paz por que já estourou sua cerejinha?

— A forma que você fala isso está piorando cada vez mais.

— É por isso que é tão divertido.

— Na verdade, sim. Pensei que ele me deixaria em paz agora.

O carro chegou pontualmente e entramos sem trocar muitas palavras. Quando o automóvel entrou em movimento, Judy me encarou, indagativa.

— E você queria que ele te deixasse em paz? Depois de tudo?

— Era o que eu deveria querer, não? — mordi o lábio inferior e senti a dúvida correr pela minha pele. — Nunca fui perseguida antes, nem beijada pelo mesmo cara... eu odiei isso.

— Mas amou todo o resto. — concluiu. — Eu sei. Não é fácil resistir a um bad boy.

Sua voz ficou carregada e quando percebeu que fiquei interessada no modo que ela falou, se endireitou e olhou para a janela, a paisagem passando e indo para trás. Judy não falava muito do seu passado, de quem gostava ou coisas assim.

Mesmo sendo mais extrovertida que eu, ela não entrava em certos assuntos e eu respeitava. Quando ela se sentisse bem para falar, ela o faria. Paramos na frente da casa dela e senti o estremecimento da loira antes de abrir a porta e descer como um flash.

Viemos porque a mãe de Judy pediu a ela ajuda com alguns remédios, ela estava resfriada e por isso, exigiu que a filha universitária fizesse um pequeno favor. Adentramos a casa e Judy abriu a bolsa pegando as caixas. Andou com confiança pela casa e me disse para esperar na sala.

Broken Rules - Livro 1Where stories live. Discover now