Broken Rules - Livro 1

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Bryan Rutherford

Meu pé batia incessantemente no chão. Era nervosismo e uma fúria que nunca pensei que sentiria na vida. Estava nesse estado desde a tarde que Lua se recusou a entrar no meu carro e ainda se comportou como uma menina petulante que acreditava que podia me parar.

Ela não podia!

— Pode fazer isso por mim ou não? — indaguei meu irmão e cocei os olhos, irritadiço. — Já tentei por aqui, mas não encontrei ninguém que fizesse o serviço.

— Conheço um cara que pode resolver isso em alguns dias. — gemeu, espreguiçando-se. — Para que quer descobrir quem postou essa foto?

— Estou sendo acusado de ter postado ela.

— E foi você?

— Eu estaria te ligando se fosse eu, porra? — irritei-me ainda mais com sua desconfiança, mas ele riu do outro lado da linha.

— Com certeza, não. Só acho estranho que esteja se incomodando com isso.

Fechei meus olhos e encostei minhas costas na cadeira giratória do meu quarto. Estava confuso com todos os acontecimentos recentes e cansado de tentar pensar sobre o assunto. Falar com meu irmão mais velho havia suavizado uma parte do problema, mas não o excluiu. Aidan pareceu adivinhar:

— Loira ou ruiva? — estalou a língua e suspirei.

— Morena, na verdade.

— Boa?

— Porra, sim.

— Wow, deve ter sido bom.

Revirei os olhos entendendo o que ele havia perguntado e baixei meus ombros assim que respondi.

— Não transei com ela.

Ele sorriu alto do outro lado e me arrependi de ter soltado a primeira coisa que surgiu na minha mente. Aidan não esqueceria e me perturbaria eternamente.

— Não fode, porra! — reclamei. — Qual o problema com você?

— Qual é o problema com você!? Da última vez que te vi, você não se importava muito com que falavam de você. Ter postado ou não essa foto não te tiraria a paz. Está amarrado?

— Nem fodendo.

— Tem certeza?

— Absoluta.

— Não estou convencido. — fez tisk tisk com a boca.

— Não sabia que precisava te convencer de algo.

— Você precisa, já que quer meter a porrada em todo cara que chega perto dessa garota. — fechei meus olhos lentamente sentindo minha raiva me dar um cumprimento com a lembrança. — Sou o irmão mais velho, lembra? Preciso te dar conselhos ou se não, vão te deserdar antes da hora.

— E qual seria seu puta conselho?

— Bata mais forte.

A gargalhada saiu pela minha garganta sem controle e pude relaxar um pouco. Já esperava algo do tipo, Aidan não era pacifista, nem mesmo ligava para os caras com quem briguei. Ele faria o mesmo, faria até pior e saber que tínhamos isso em comum, era algo de se orgulhar.

— Pode deixar. Aliás, quando vem para casa? — perguntei finalmente e foi a vez dele suspirar do outro lado. — Seu pai já está de saco cheio de enrolar a minha mãe.

— Nas férias de verão estarei aí. Talvez antes, se tudo sair como planejado...

— Vou esperar por você.