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Bryan Rutherford

Caminhei até eles em passos largos, sentindo minhas mãos suadas e minha raiva aumentar conforme eu chegava mais perto deles. Ela não falou comigo a semana inteira e apareceu ali com ele? Ah, não... Isso era demais para mim.

— Viu como ele ficou envergonhado? — Ela riu para ele, na sua pergunta, e eu o odiei ainda mais.

— Escolheu a semana para me tirar do sério, não foi? — minha voz dura fez minha menina ficar tensa. Ela não precisou me olhar. Apertou o copo com força e respirou tão fundo, que me incomodou profundamente. — Venha comigo agora!

Lua se virou, chateada com minhas palavras, e apertou aqueles lábios lindos que me deixavam alucinado sempre que me beijavam.

— Não.

— Lua, não é hora para birra — eu vociferei e John fechou a cara. — Era por isso que não queria falar comigo? Por causa desse filho da puta?

— Bryan, eu só a acompanhei até aqui. Não... — John falou com respeito e se afastou minimamente, até que Lua me irritou ainda mais com as próximas palavras.

— Não precisa dar explicação nenhuma para ele, John. Ele não merece nada disso.

— As fotos! — Logan gritou de longe e eu vi que algumas pessoas olhavam para nós.

Claro, um homem vestido com o uniforme do time era uma atração no momento.

— Fique ciente de que se fizer um escândalo aqui, as páginas de fofoca estarão com sua foto logo na capa — sussurrei para que apenas ela ouvisse.

Decidido a não perder tempo, peguei o copo da sua mão e o entreguei ao filho da mãe que nos observava. Agarrei o braço de Lua e a puxei na direção que eu tinha vindo. Ela resmungou, mas foi quieta comigo, com medo da exposição nas mídias. Eu a direcionei para a área das fotos e a puxei para o centro do pequeno estúdio montado ali. Lua arregalou os olhos quando os fotógrafos sorriram para ela. Minha mão foi para a sua cintura e eu a firmei no chão, ao meu lado, onde era o seu lugar. Ela estava dura, sem saber como reagir, e, com delicadeza, inclinei-me e toquei em seu pescoço com o nariz. O primeiro clique a assustou e eu sorri. Ela era tão única.

— Sorria, meu amor — eu murmurei ao seu ouvido e ela tremeu. — Você está fabulosa.

Mesmo com raiva e com vergonha, ela me encarou e forçou um sorriso. Primeiro foi cronometrado e depois fez aquilo que eu amava nela: sorriu, com toda a sua luz emanando, e me puxou para o seu corpo. Não consegui olhar para as câmeras, só via ela. Eu a respirava.

Porra, como eu estava fodidamente louco por ela.

As fotos foram tão rápidas com ela ao meu lado, que estranhei. Tomado por uma força maior, eu a levei para a sala de troféus e fechei a porta em seguida. Queria ficar sozinho com Lua e beijá-la sofregamente. Necessitava demais dela.

Entretanto, assim que a soltei, seu sorriso morreu e a Lua raivosa surgiu novamente apontando-me o dedo.

— Nunca mais faça isso. Não quero andar ao seu lado e não quero participar de fotos com você sem ser consultada. Você não tem nenhum direito de decidir nada por mim. — Ela parecia sem fôlego. Apenas a escutei, olhando sua boca se mover enquanto falava. — E nunca mais na sua vida pense que pode decidir com quem vou sair. Posso estar com quem quiser, dormir com quem quiser...

— É melhor parar por aí, Lua — cortei-a, sem querer ouvir algo que iria me deixar puto e enciumado demais para pensar.

— Não, não é melhor eu parar. Agora que comecei. Isso te incomoda mesmo ou é mais um joguinho seu? Eu acreditei em você, seu cretino.

Broken Rules - Livro 1Where stories live. Discover now