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Terror.

Desliguei a chamada com o tio Fiel e traguei meu baseado soltando a fumaça pro alto, estresse do caralho.

Falo pra porra que meu pai é estressado por causa da velhice mais agora eu tô me ligando na situação que é comandar uma favela.

Vidigal lucra pra caralho, parada é sinistra aqui.

E o foda é saber que depois dele o comando passa pra mim, na real era pra Anna Luiza que é sangue dele mermo, mais ela não quer esse mundo.

O trauma por causa da mãe é fudido, ela viu e passou pelas mesmas paradas que eu porém ela pegou medo e eu ódio.

Olhei pra baixo vendo a Yasmin desfilando com um short beira cu essa daí se aproveita quando o pai não ta por perto.

Yas: perdão perguntar logo pra você mais tu não viu a Anna não?

Balancei a cabeça negando e soltei a fumaça vendo o olhar de preocupação dela.

Terror: deve tar com o Thiago.

Yas: não Felipe, dessa vez eu realmente acho que não, o negócio ta sério mesmo.

Suspirei passando a mão na nuca.

Terror: ele fez o que com ela?

Yas: desce aqui cara, vou gritar esses trem não.

Revirei os olhos descendo as escadas e arrumei minha arma que tava presa pelo meu calção mostrando a ponta porque eu tava sem camisa.

Terror: entra ae.

Yas: as costas dela Felipe ta com um corte desse tamanho — fez sinal com as mãos — e um buraco gigante de facada, ele já passou da fase de bater Terror, agora ele ta esfaqueando daqui a pouco ela aparece morta por aí.

Terror: e ela? ta fazendo o que pra fugir disso? ou ta passando pano como sempre faz?

Yas: ela apontou a faca pra ele, mais porra muleque lá é doente arrancou a faca e tacou nela.

Olhei bem pra cara dela sem expressar nenhuma reação e ela passou a mão no meu ombro.

Yas: po Lipe eu sei da realidade de vocês mais poxa pensa em tudo que já viveram, imagina ela morta por um cara daquele.

Terror: me coloca em neurose não Yasmin sua puta, vou atrás dessa porra dessa amiga sua.

Levantei subindo lá pra cima e puxei a glock da cintura pra ver se ela tava carregada, peguei a chave do meu carro e desci de volta vendo que a outra já tinha vazado.

Anna Luiza da trabalho demais cara.

Entrei no carro fechando os vidros e ligando o ar, calor desse ninguém suporta não.

Desci em direção a casa do Thiago, mora na pior parte da favela, estrada de chão e no fim de uma rua praticamente deserta, parece filme de terror.

Olhei através do vidro vendo ele passando pela janela com a arma pro alto enquanto gritava alguma coisa.

Desci o carro mais pra baixo e desci indo pro meio do mato pegando o fundo da casa, de longe escutava o vagabundo gritando.

Thiago: já te falei um monte de vezes Anna Luiza o que vai acontecer contigo desgraçada.

Anna: para meu Deus, você ta me machucando.

Thiago: é pra machucar mermo, se desse eu te matava aqui agora, escuta o que eu tô te falando se tu não voltar a ser minha menininha obediente eu vou cumprir tudo que eu te falei.

Anna: não Thiago, para, deixa ele quieto por favor.

A voz chorosa e desesperada entrou pelo meu ouvido e foi direto pra minha mente, ele quem?

Thiago: então tu se liga Anna Luiza, tudo isso é culpa sua, cê ta ciente né?

Ela não respondeu mais imaginei a cena dela balançando a cabeça, muleque filho da puta.

Thiago: fala pra mim minha princesa você sabe que eu sou o único que ta do seu lado mesmo com todas essas merda que tu faz, pede desculpas, vai.

Ele tava com a voz calma e falava cada palavra mais devagar que a outra.

Anna: desculpa Thiago, eu fui uma trouxa de ter se quer pensado em terminar com você, desculpa por favor?

Soltei meu ar balançando a cabeça e fui um pouco mais pra frente vendo a cena toda, ele com a arma na cabeça dela

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Lance Criminoso Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum