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Anna.

Felipe é uma coisa que deixa qualquer uma louca, não é normal não, pecado que Deus colocou na terra pra me testar e como eu sei que papai do céu perdoa eu já caí na tentação.

Podem julgar e falar o que for, mais é só porque não é eles que vêem o que eu vejo, poxa o menino todo posturado com a cara fechada, cê abaixa o olhar e vê um tantão de tatuagem, gente? como que alguém aguenta?

Daí falam que a gente cresceu juntos e somos irmãos, mais se parar pra pensar meu pai e minha mãe também, o Rodrigo abandonou minha mãe com uma senhora que tava na beira da morte já, minha própria vó já falou que quando conheceu ela ainda criancinha praticamente pegou pra criar já que ela vivia com eles por ser melhor amiga do meu pai.

Eu considero o Felipe muita coisa, ele foi e é importantíssimo pra mim mais não teve motivo pra mim fugir da atração que eu senti por ele a um tempo atrás.

Nós não temos o mesmo sangue e não nos considerávamos irmãos, se tava de boa pra mim e pra ele era porque dava pra fazer o que a gente queria.

Terror: ta viajando aí ou, lombrada.

Olhei pra cara de tongo dele e mostrei meu dedo do meio levantando da rede e andando descalça até a beira da piscina onde ele tava.

Passei o pé na água sentindo ela gelada no extremo e tirei na mesma hora vendo ele sorri antes de sair nadando jogando água pra tudo que é lado inclusive na minha direção me molhando praticamente por inteira.

Anna: filho da puta.

Gritei correndo de volta lá pra área da churrasqueira e sentei na rede de novo olhando pra ele de longe que tava se encostando na parede da piscina me encarando enquanto passava a mão no rosto molhado.

Terror: salva um pra nois Luizinha.

Olhei pro meu lado vendo as coisa jogada dentro da rede e lembrei que tinha esquecido de bolar, peguei a erva que já tava dichavada e fui espalhando pela seda enquanto sentia o olhar dele em mim.

Levantei pegando o isqueiro que tava em cima da mesa de madeira gigante que tinha nessa parte da casa e acendi andando na direção dele que agora tava sentado na parte da hidromassagem com os olhos fechados mais abriu quando eu passei por trás tampando o sol do corpo dele.

Entreguei na mão dele vendo ele puxar e me olhar com a cara de marginal dele.

Terror: entra aí logo carai.

Anna: ta gelada Felipe.

Terror: larga de ser fresca.

A outra mão dele veio na direção do meu pulso me puxando pra dentro, senti o jato da hidro fazendo cócegas no meu calcanhar o que me fez sentar rapidão e sentir a massagem nas costas.

Terror: aprendeu a fazer o bagulho direito mermo.

Ele falou analisando meu baseado inteirinho e eu bati no braço dele.

Anna: sempre soube idiota.

Terror: quem te ensinou?

Fiquei quieta lembrando do Thiago no início do nosso relacionamento quando ele ainda era um príncipe comigo.

Felipe entendeu o meu silêncio e fez careta tragando o cigarro de maconha enquanto olhava pra mim de canto.

O clima só nós dois era diferente, não é ruim mas também não é bom.

É estranho.

Anna: vamo descer pra ver o mar que horas?

Terror: hora que cê quiser.

Anna: vai prender os jet então.

Terror: deixa eu chapar um pouco cara.

Olhei pro olho dele que já tava mais caidinho e ri levantando e pulei na piscina me molhando por inteira.

Minha brisa as vezes é o fogo que sobe no meio das minhas pernas e no momento só tem o abençoado do Felipe aqui, o máximo que eu conseguir ficar longe dele ta valendo.

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