Lance Criminoso

011

Anna Luiza.

É um sofrimento que não tem fim, literalmente quando eu penso que acabou e eu vou ter paz tudo volta pior.

Sentia meu corpo sem força, tava jogada na cama enquanto o infeliz entrava e saia de dentro de mim enquanto batia na minha bunda.

Eu não tinha reação e nem movimentos, tava só existindo enquanto ele tentava se satisfazer descontando toda a raiva dele em mim.

Meu rosto ardia pelos tapas, minha costela dava sensação de estar quebrada e minha buceta tava sensível.

Thiago: vai embora agora antes que venha algum imbecil atrás de você.

Na real não vem ninguém, talvez a Yasmin e a Lara mais isso só deixa as coisas piores pra mim, então eu já pedi pra nem pisarem por perto daqui.

Levantei da cama passando pelo espelho vendo todos aqueles machucados e respirei fundo abaixando devagar pra pegar minha roupa.

Thiago: anda logo caralho.

Vesti tudo correndo mesmo morrendo de dor e fui pra casa de a pé, coisa que é longe pra desgraça.

Chegando na esquina de longe eu vi o carro do Terror e parecendo automático meu celular já vibrou.

Thiago/ Que que esse infeliz ta fazendo aí?
Thiago/ Quero você nem olhando na cara dele.

Não sei Thiago, a casa é do pai dele também né.

Thiago/ Pai é só seu.

Revirei os olhos e entrei pra dentro de casa fechando a porta e na hora que eu ia entrar no corredor escutei a voz dele.

A não porra.

Terror: quero trocar uma ideia contigo.

Parei de andar suspirando e virei devagar pra não sentir tanta dor e aparentar que eu acabei de ser estrupada e espancada.

Anna: não tô podendo agora.

Terror: mais vai poder, senta nessa porra logo.

Ele apontou pro sofá e eu fui indo com calma mais não deu pra evitar e eu soltei um gemido de dor vendo ele me encarar passando a mão no rosto.

Terror: qual foi Anna Luiza? se livra dessa porra de vida logo caralho.

Anna: do que você ta falando?

Terror: cara eu não te entendo na moral mermo, o muleque aponta uma arma na porra da tua cabeça, te ameaça, te esfaqueia e você continua com ele? tu é burra ou é o que?

Anna: para Felipe.

Terror: vou parar não maluca, cai na real, não sei que porra de dependência você tem naquele idiota mais eu vou fazer essa desgraça acabar de uma vez.

Arregalei os olhos vendo a cara séria dele que me fitava por inteira.

Terror: olha pra você garota, ta toda roxa aí e acha que ninguém percebe, tô te mandando a real ou tu fala com que porra aquele muleque ta te ameaçando ou eu mato ele e descubro depois.

Anna: não, Terror não, pelo amor de Deus, não faz isso.

Terror: fala logo caralho.

Anna: Felipe por favor mesmo, deixa isso quieto, não se envolve no meio, eu sei o que eu faço.

Terror: tu é de menor Anna Luiza, a mãe ta presa e o pai ta inconsciente na moral mermo tô sem paciência pra essas parada já, é ridículo pra caralho mais eu tô te proibindo de chegar perto desse arrombado, além de tudo eu sou seu "irmão" mais velho e tenho que cuidar de você, se eu ficar sabendo que você pisou perto dele você não tem nem noção do que eu sou capaz de fazer.

Anna: ta maluco? você manda em mim dês de quando?

Terror: tu podia ter essa marra pra cima dele que só quer teu mal, arruma tuas parada aí, tô te esperando aqui pra gente subir lá pra casa.

Anna: que?

Terror: tu não vai ficar sozinha não, já falei você, é menor de idade ainda e precisa de cuidado.

Anna: virou meu pai dês de quando?

Terror: tu ta precisando é de um pai pra te quebrar na porrada até tu voltar a ter mente de gente normal, anda logo mimada da desgraça.

Olhei pra cara dele e na minha cabeça veio tanto coisa ruim, que até a minha energia pesou.

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Com o tempo tudo vai ser explicado, igual em mente criminosa, é tudo um mistério que com o tempo vai se revelando.