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Anna Luiza.

Já fazia alguns dias que a gente tava aqui em Angra, mesmo com muita perturbação tá sendo a melhor viagem da minha vida pelo simples fato de ser a primeira com a minha mãe.

A mulher que mudou completamente o clima entre a família inteira, a energia é completamente outra, ver o meu pai feliz como nunca, me deixa com o coração quentinho sabendo que esse velho merece mesmo o mulherão que é minha mãe.

O Felipe é um desgraçado nato, fica com cinco na minha frente e depois quando não tem ninguém vendo vem correndo encher meu saco.

Anna: você é um vagabundo.

Falei manhosa recuperando meu ar depois de ter gozado com ele me chupando.

Terror: porque amor?

Fiquei quieta analisando o semblante de marginal fudido que ele tem, o boné que tava virado pra trás, o sorrisinho de canto, a sombrancelha com dois riscos e os olhos baixos e vermelhos por causa da maconha, ainda tava sem camisa exibindo as tatuagens do pescoço e do abdômen.

Suspirei tombando minha cabeça pra trás querendo me matar por cair no papo desse carai.

Terror: amo é tu Luizinha.

Olhei no olho dele que tava com as pupilas dilatadas me encarando na mesma intensidade de sempre.

Anna: não faz isso comigo, por favor....

Ele mordeu o lóbulo da minha orelha soltando o ar em seguida me deixando com a respiração nervosa e depois de um bom tempo ele responde com a voz tranquila que me estressa.

Terror: eu não consigo evitar.

Anna: e eu fico como? Terror eu juro que não dá, assim não dá.

Terror: que que você quer? que eu faça o que?

Anna: ou a gente joga de igual, ou acaba.

Ele parou olhando pra minha cara e eu engoli o seco sentindo vontade de sumir daqui.

Terror: você quer outros?

Balancei a cabeça desacreditada, eram duas opções, jogar igual ou acabar e ele foca em motivos pra brigar.

Anna: eu quero igualdade Felipe, olha pra você caralho, pegou duas na porra daquela praia e andou com uma na garupa do MEU jetski, daí eu, fudida como sempre não posso nem tirar meu shorts porque o Terrorzinho simplesmente marcou ela inteira já na intenção de ninguém me ver de biquíni.

Terror: quem que você ta querendo?

Respirei fundo me segurando pra não meter um soco na cara desse porra.

Anna: quem eu quero já ta na cara, o foda é que quem eu quero não quer só eu.

Terror: não é assim Anna Luiza.

Anna: e é como?

Terror: porra cara, as coisa não são como a gente quer, cê acha que eu não queria te assumir pra todo mundo porra? te marco inteira pra ninguém ver e muito menos encostar pelo fato de que eu não posso pegar na sua mão e falar pra todo mundo "é minha", que você é minha cê ta ligada que é, você é minha e sempre foi, só que é daquele jeito po.

Anna: se você não é meu, eu também não sou sua.

Ele sorriu todo filho da puta e pegou no meu pescoço passando o dedão nos meus lábios.

Terror: é sim, só minha.

Ele desceu a boca devagarinho pro meu pescoço e sem nem eu perceber direito, tinha mais um chupão se formando ali.

Anna: sai Felipe....

Terror: eu não vou largar de você Luizinha e se tá comigo, é só comigo.

Anna: então larga delas.

Terror: meu pai me conhece Anna Luiza, ele vai sacar porra, eu pego elas, mais é pensando em você, meu coração é teu.

Anna: sério que você ta falando isso pra mim?

Terror: você acabou de largar um relacionamento, é normal não pegar ninguém por agora, foi foda seu término, agora eu, sempre peguei geral e do nada vou parar? pai é tudo, menos burro.

Anna: ta bom, vai ficar com elas? fica.

Ele puxou meu cabelo sem força e olhei pra cara dele pela última vez antes de sair do quarto.

Anna: mais em mim você não encosta.

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