Lance Criminoso

044

Anna Luiza.

Sai do banheiro e dei de cara com o Felipe jogado na cama me encarando enquanto soltava a fumaça do baseado.

Terror: prefiro tu sem roupa.

Revirei os olhos indo pra perto dele e estiquei a mão pra ele que me entregou o cigarro enquanto levantava pegando o celular da mesinha.

Terror: Farias falou que já tão chegando aí.

Anna: que merda, eu só queria dormir agora.  

Terror: dorme po, ta cansadona né?!

Ele me olhou com a cara de sonso e eu mandei o dedo sentando na cama sentindo meu corpo inteiro doer.

Terror: na moral Luizinha, descansa aí cara, no máximo a gente desce pra praia sem você.

Anna: é assim que eu não falo com vocês nunca mais na vida.

Terror: até parece que aguenta ficar sem falar comigo.

Anna: dúvida Felipe?

Terror: eu não, louca.

Coloquei o baseado na boca e soltei pela última vez entregando pra ele que abaixou na minha direção me dando um selinho antes de sair do quarto.

A cama já tava arrumada, depois da nossa transa a gente tomou banho e o Felipe saiu antes enquanto eu fiquei enrolando pra lavar o cabelo deve que ele arrumou tudo enquanto isso.

Catei meu celular no canto e liguei vendo o tanto de notificação com mensagem de meio mundo, respondi só minha mãe que tava preocupada porque nem eu e nem o Felipe deu sinal de vida.

Entrei no tik tok sentindo meus olhos quase fechando e se pá não deu nem 10 minutos pra mim desmaiar.

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Acordei escutando o barulhão lá em baixo, pela janela dava pra ver que já tava de noite e eu mesmo tendo dormido horrores ainda tava com sono.

Levantei e resmunguei sentindo meu corpo doer ainda mais, passei a mão no cabelo pra prender em um coque, mais na hora que eu passei a mão pelo pescoço pra catar os cabelinhos eu senti a dor dos chupão e soltei tudo pra não gritar.

Puta que pariu, eu vou matar o Terror.

E como choque de realidade tudo doeu ao mesmo tempo, parecia que minha mente tinha raciocinado tudo que aconteceu aquela hora, minha bunda começou a arder pra caramba ainda mais quando eu andei.

Que merda.

Entrei no banheiro pra escovar os dente e foi me vendo no espelho que eu percebi que eu não ia poder ficar com o cabelo preso graças ao meu pescoço todo roxo parecendo que eu tinha levado uma surra.

Joguei o cabelo por cima e vi minha cara de morta depois de ter dormido tanto, tava horrível.

Sai do quarto mexendo no celular e desci as escadas vendo o Farias bêbado já na sala.

Farias: oi minha Anninha.

Fiz cara de cínica pra ele e sentei do lado dele deitando minha cabeça no ombro dele.

Farias: que foi? Felipe te judiou enquanto eu tava longe?

Olhei pro Terror que tava vindo pra dentro da casa com a cara de bolado enquanto me analisava por inteira.

Anna: judiou amigo.

Farias: seu desgraçado, que que cê fez com ela?

Terror: espanquei quase matei, ta vendo as marca aí?

Farias levantou quase caindo e parou na minha frente me analisando por completo.

Farias: Terror seu porra, você bateu nela mesmo?

Ele abaixou na minha frente jogando meu cabelo pra trás e eu arregalei os olhos vendo ele acariciar por cima das marcas enquanto o Felipe tirava a cara feia pra sorrir todo bobo.

Terror: bati, por que? vai fazer o que?

Farias: te matar infeliz.

Farias levantou quase caindo e andou todo torto pro lado do Felipe que só deu um empurrão e o Farias caiu com tudo no sofá quase dormindo.

Anna: ele bebeu muito?

Terror: pra caralho, na hora que chegou ele já tava meio ruim daí continuou bebendo e ta aí.

Anna: ô amigo, cê ta bem?

Farias: tô não.

Ele colocou a mão na parte do estômago e levantou indo pro banheiro e eu levantei a cabeça olhando pro Terror que faltava sentar no chão pra rir.

Mais foi só eu olhar com a cara fechada pra ele que ele parou vindo pra perto de mim passando a mão pelas mechas da frente do meu cabelo jogando pra trás enquanto agarrava meu pescoço.

Anna: já tá assim Felipe?

Ele me deu três selinhos e sorriu do jeito que me deixa bobinha.

Terror: pai e mãe vai chegar, então eu só tenho até o meio dia de amanhã pra grudar em você a hora que eu quiser.

Anna: emocionado.

Ia passar por ele mais ele me segurou me puxando pra um beijo de língua bem ali no meio da sala.

Yasmin: eita porra, que é isso?

Lara: ê casal.

Falou gritando e o Felipe riu no meio do beijo e eu consegui sair do aperto dele por pelo menos alguns segundos antes dele me agarrar pelas costas me abraçando.

Pedro: deixa eu tirar uma foto e mandar no grupo da família?

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