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India.

Senti o aperto na minha mão e abri meus olhos sentindo minhas lágrimas descerem cada vez mais.

Índia: acorda Diogo, por favor vida.

Fechei meus olhos de novo enquanto apertava a mão dele e sentia o aperto dele.

Vilão: caralho Manuela, eu tô morto?!

Escutei a voz fraca e rouca quase sem som e abri meus olhos na mesma hora olhando pros olhos abertos dele.

Índia: puta que pariu.

Puxei minha mão da dele e me abaixei em direção a cama agarrando ele em um abraço sentindo que ele tava paralisado.

Vilão: o sua desgraçada, que porra é essa?

Índia: para de me xingar, filho da puta.

Falei soluçando pelo choro e levantei olhando pra cara dele que tava todo perdido.

Vilão: ta real demais pra ser morte, que é isso? era pra acordar no inferno e tô no hospital?

Índia: você ta vivo seu porra.

Ele arregalou os olhos puxando minha mão de volta e olhou pra mim por inteira parando o olhar na minha tatuagem, a que eu tenho com ele.

Vilão: você?! como que você ta aqui? Manuela? meu Deus, que viagem do caralho é essa porra, tô ficando sem paciência já.

Falou se estressando e eu balancei a cabeça sentindo o dedo dele fazer um carinho na minha mão.

Vilão: como assim cara? não Manuela, brinca comigo não porra.

Índia: deixa de ser louco Diogo, ta maluco aí, você ta vivo e eu tô aqui com você, só isso.

Passei minha outra mão no rosto dele e sorri sentindo minhas lágrimas descerem vendo que ele realmente tava aqui, comigo.

Índia: senti tanto tua falta.

Abaixei abraçando ele de novo e ele puxou meu rosto me dando um selinho e colocou a língua começando um beijo.

Vilão: porra cara é tu mermo.

Voltou a me beijar daquele jeito que eu sou louca, o jeitinho que eu senti falta e me quebrou por tanto tempo ficar sem.

Vilão: como que você ta aqui?

Índia: Felipe matou o Rodrigo.

Sabia que só isso já responderia tudo e ele me olhou ainda sem acreditar passando a mão pelo meu rosto.

Vilão: caralho Manuela, vai tomar no cu cara tô crendo não.

Me puxou mais uma vez começando mais um beijo até ser interrompido pelo médico entrando.

- perdão mas, o paciente acordou?

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Tô sentada na poltrona vendo o homem analisar ele inteiro enquanto ele ta me encarando parecendo psicopata, não tira os olhos dos meus e é desse jeitinho que meus pelinhos tão todos arrepiados.

Incrível como eu sinto que a minha conexão com ele nunca se perdeu, meu primeiro e único amor.

Eu já tinha parado de chorar mais meu rosto tava vermelho e meus olhos ardendo pra caralho, só de olhar pra ele eu já sentia vontade de chorar de volta.

Que saudade do meu Diogo.

O doutor falou algumas coisas que só eu prestei atenção já que o outro ainda tava me encarando igual doente, o homem saiu do quarto de novo e eu olhei pra cara do Vilão que tava me encarando ainda.

Ele ta em um choque que só ele ta entendendo não sei se é por ter acordado com vida, ou por tar me vendo aqui do nada.

Vilão: vem aqui.

A voz baixa e rouca de doente chamou minha atenção e no automático eu levantei e andei pro lado da cama sentindo ele me puxar com tudo pra cima dele.

Ele colocou a cabeça na curva do meu pescoço puxando a respiração.

Vilão: porra Manu.

Murmurou contra o meu pescoço e eu virei a cabeça deixando um beijo no pescoço dele e passei minhas unhas por cima vendo ele se arrepiar.

Vilão: saudade que eu tô de você ta quase me matando.

Índia: mais não vai, porque agora a gente tá junto de volta, pra superar todos os erros que conseguiram acabar com a gente.

Vilão: é mentira né? não velho, tô conseguindo acreditar nisso não, porra Manuela.

Sorri sem graça e dei um selinho demorado nele sentindo minhas forças irem embora.

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Finalzinho de domingo.

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