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Anna Luiza.

Que nojo, que nojo, que nojo.

Anna: logo ela velho?

A Yasmin riu ainda mais e eu olhei pra cara dela indignada.

Yas: é dessas que eles gostam.

Felipe ligou a moto e saiu voado olhando pra nossa cara do jeitinho escroto dele, aí que nojo que eu tô.

Anna: eu achei bem podre ta.

Yas: e quem não achou? Vou esfregar a boca do Felipe com água sanitária.

Anna: pra ficar limpa de novo é só arrancando e costurando outra no lugar.

Meu celular acendeu mostrando notificação de live e era o bobo do Farias lá no campinho com uns menorzinho tudo animado.

Yas: bora lá? tem nada pra fazer aqui mesmo.

Balancei a cabeça concordando e fui descendo com ela.

Yas: tão bom ver você assim de volta, livre de todo mal que aquele imbecil te fez, cê ta livre Anninha.

Anna: eu precisava voltar, só não sabia como, sabe? a dependência que eu peguei no Thiago foi fora do normal, nunca pensei que logo eu ia passar por isso.

Yas: mais acabou né vida, acabou, se você quiser pode voltar a pegar até o Felipe agora.

Falou rindo e eu mostrei o dedo pra ela, a única que sabe de tudo que já aconteceu entre a gente é ela e um pouquinho o Farias, na época ela ajudava demais nos nossos perdidos.

Anna: máxima distância desse aí.

Ela fez cara de cínica e a gente virou na esquina do campinho de longe escutava os gritos do Farias e se forçasse um pouquinho a vista via a Hornet do Felipe encostada lá.

A gente foi chegando mais perto e tava só o Farias gravando algum vídeo dele mesmo, todo feioso.

Olhei pro lado oposto vendo o Felipe no carrinho de sorvete e corri lá pra perto dele.

Anna: oi Felipinho.

Ele me olhou todo tedioso.

Terror: ri de mim de novo que eu não te compro mais nada, idiota.

Esperei o tio entregar meu potinho do sorvete de chocolate e na hora que eu dei minha primeira colherada eu encarei ele e ri alto.

Anna: vou arrumar uma amiga minha pra você, vai que você consegue pegar alguma que não seja pé de toddy.

Passei a mão no rosto dele sentindo meus pelinhos arrepiarem e olhei pra cara da Yasmin.

Anna: arrepiei, ó o espírito passando.

Yas: sai fora menina louca.

Minha vó sempre fala que se arrepia do nada é porque tem espírito passando e eu prefiro acreditar que to toda arrepiada por causa disso e não por causa de um toque.

Sentei na arquibancada dividindo meu sorvete com a loirinha que tava do meu lado e não deu nem dez minutos pra outra loira aparecer, Larinha e o Pedro.

Pedro só acenou com a mão parecendo bobo e entrou pra quadra enquanto a Lara vinha sentar do meu outro lado.

Lara: mãe ta te caçando Yasmin, da sinal de vida nessa porra desse celular seu.

Yas: sem bateria, nem da.

A Lara balançou a cabeça negando e pegou o dela virei a cabeça um pouquinho lendo a mensagem falando que ela tava comigo.

Lara: os menino tão falando de praia, vamo?

Yas: tô querendo tanto.

Fez careta e eu ri balançando a cabeça e joguei pra frente prendendo meu cabelo e joguei pra trás enrolando ele em coque.

Anna: tão querendo ir pra onde? Angra de novo?

Ela sorriu concordando e eu revirei os olhos rindo.

Anna: novidade onde?

Lara: mais dessa vez é uma casa nova, das foto que eu vi era uma mansão gigante.

Anna: tráfico ta redendo.

Yas: vou entrar, virar uma Índia dois.

Lara: corre até de barata e ta aí.

Eu ri concordando com a cabeça e coloquei minha colherzinha na boca olhando pro Felipe que tava tirando a camisa lá do outro lado da quadra, ele virou fechando um pouco os olhos por causa do sol e me encarou vindo correndo pro lado de cá.

Terror: não me rouba não, desgraçada.

Jogou a camisa no meu colo e embolada nela tava a chave da moto e a carteira.

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