Capítulo 20

153 13 14
                                    

Hoje o passeio seria pela chamada região saloia.

O Diogo mandou entregar um dos carros dele no hotel para usarmos enquanto estivesse cá.

Seguimos de Cascais à beira mar em direcção ao Guincho, passando por Malveira da Serra, Magoito, Praia Grande, Santa Cruz, Ericeira e Mafra, local onde ocorreu hoje o casamento de uma das filhas do herdeiro da coroa portuguesa. O casamento realizou-se no Convento de Mafra, um edifício mandado construir por D. João V. Neste convento existe o maior carrilhão do mundo.
Parámos na outra Malveira a que chamamos Malveira dos bois devido às feiras de gado que outrora havia.
Fomos provar as famosas trouxas da Malveira. São doces feitos à base de ovos. Uma massa de pão de ló recheado com doce de ovos e molhadinha em calda de açúcar.

Nós brasileiros estranhamos muito os doces pois usam muito o ovo.
Os doces conventuais eram feitos à base de gemas pois nos conventos as claras eram usadas para dar goma às vestes das freiras. Sobravam as gemas e daí surgiam os doces.

Seguimos para Sintra, vila pequena de ruas estreitas. Visitámos alguns edifícios históricos e como não podia deixar de ser fomos à Piriquita. Pastelaria famosa pelos seus travesseiros, um bolo feito de massa folhada recheada com o tal doce de ovos ou doce de gila e polvilhado de açúcar cristal.

Seguimos para o Palácio da Pena, para e Peninha e a Quinta da Regaleira.

Edifícios de tempo da realeza, decorados e conservados à época.

O jardim japonês do parque de Monsserrat era maravilhoso.

Toda a extensão do Parque Natural Sintra Cascais era maravilhoso. Durante longos minutos circulamos por uma estrada ladeada por àrvoredo de várias espécies. De vez em quando uma fonte de àgua natural onde muita gente que por ali circula se abastece.

Ciclistas e motares vê-se muitos nesta estrada.

Já de regresso ainda fizemos o desvio para o Cabo da Roca. Escarpa rochosa onde aos Domingos é local de reunião de centenas de motos.

Fomos à lagoa azul, local bastante procurado para os amantes BTT e de caminhadas.

Já à entrada de Cascais temos a Boca do Inferno. Local rochoso onde alguns amadores fazem pesca.

Parámos na Marinha de Cascais para um petisco.

- Vamos lanchar à moda do típico português? Perguntei a Rodolffo. (Ressalvando, típico com algum dinheiro)

- Sempre pronto para tudo.

- Então vou pedir: para a Matilde um pica pau grelhado e um suco.

Para nós: uma mini dose de berbigão, de percebes, de camarão, de amêijoas à bulhão pato e por fim uma sapateira recheada.
Pãozinho torrado e manteiguinha de alho.
2 cervejinhas.
Normalmente termina-se com um prego no pão mas não sei se temos barriga para tudo. Depois vemos.

- Disso tudo só conheço as amêijoas que comi quando almocei com o Diogo, os camarões e as cervejas.
Quanto ao resto confio em ti.

- Confia. Os caracóis ficam para outro dia.

- Caracóis? Que diabéisss?

- No início eu e o Tomás estranhamos tudo mas agora não dispensamos pelo menos 2 vezes no mês. Fazemos questão destas iguarias. Também é para isso que trabalhamos.

Fiz no pedido e o garçon logo trouxe pão torrado, manteiga, azeitonas, tremoços, percebes e camarão. 2 canecas de cerveja (meio litro cada).

- Eu olhava as minhas duas mulheres com uma admiração de encher o peito.

Sétimo Sol Where stories live. Discover now