[Concluída] *
Jennie tem 37 anos e dois filhos... Sim dois filhos.
Divorciada de seu primeiro marido, Jennie atualmente é casada com Kai, pai de seu filho caçula de 11 aninhos e cardiologista do hospital central.
A Kim é uma típica esposa recatada...
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O novo apartamento de Taehyung era no centro de Seul e um pouco menor que o antigo; Foi bem decorado e a vantagem, é que era possível ter uma vista bem bonita do rio Han, da varanda.
Fazia pouco mais de 6 meses que ele havia se mudado de Busan, lugar onde ele viveu sua vida inteira.
Taehyung gostaria de dizer que deixou para trás suas preocupações, assim como deixou seu antigo apê, amigos e vida... Mas estaria mentindo.
Ele sentia falta dela; Sentia mais falta dela agora do que quando não tinham se aproximado e viviam vidas separadas.
Jennie era uma ferida em seu peito não cicatrizada e pronta para ser perfurada novamente por seus pensamentos torturantes.
Ele as vezes pensava que deveria tê-la escutado e ficado em Busan com ela, ter levado ela para jantar, ir ao cinema com ela, morar junto com ela, fazer amor com ela, ter se tornado seu namorado novamente e provado para todos que o universo estava errado.
Mas Jennie embora parecesse a escolha perfeita naquele momento, não era a certa! E lá estava o universo de novo pregando mais peças.
Faziam alguns meses que Yeonjun tinha finalmente ingressado na faculdade e o garoto parecia radiante com a experiência.
Quando chegou de Busan, Taehyung ajudou o filho a arrumar o quarto, decorar, montar prateleiras e mesas de estudo; Iam morar juntos finalmente e o Kim queria que fosse tudo perfeito para o filho.
E tudo estava sendo perfeito no começo, eles dividiam tudo e eram sempre confidentes, exatamente como costumavam ser. Mas depois dos 3 primeiros meses da vida acadêmica de Yeonjun, Tae sentiu que deveria colocar o que tinha em mente para fora. Contar toda a verdade.
O maior medo de Taehyung era ser uma decepção como pai. Fazer o seu filho se sentir exatamente como ele se sentiu, ao ser abandonado naquele orfanato; Sentir na pele o que era ter péssimos pais. Foi por isso que se sacrificou tanto para ser um bom progenitor, que trabalhou noite e dia naquela fábrica e ficou horas sem dormir cuidando das cólicas de Yeonjun quando bebê. Era tudo por ele, tudo por seu filho, pelo amor incondicional que sentia por seu garoto.
E por isso abriria o jogo e seria sincero. Ele tinha cometido um erro e precisava concertá-lo.
Foi sentado no sofá da sala daquele novo apê, reunindo toda a coragem de seu corpo que Taehyung finalmente contou para Yeonjun tudo que tinha acontecido entre ele e Jennie.
Ele começou calmo, narrando a situação toda, tentando ser breve quando mencionou que dormiram juntos, e terminou dizendo como se sentiu arrependido de fazer aquilo.
Yeonjun é claro, ficou bravo. O garoto não queria acreditar que seu pai e mãe foram tão desonestos, que tiveram coragem de enganar todos, inclusive Jongin quando ainda nem sabiam sobre a traição dele.
Mas o que deixou Yeonjun possesso foi o fato de tudo ter acontecido durante a sua formatura, ambiente onde Taehyung e Jennie deveriam se reunir para celebrar sua conquista, seus estudos e méritos, ao invés de se esconderem dos olhos das pessoas para fazerem algo hediondo.
Taehyung pediu desculpas e implorou que Yeonjun não o olhasse como alguém cruel ou que tivesse intenções ruins. Tae disse que nunca foi capaz de esquecer Jennie, que ainda a amava com muita força e não foi capaz de resistir.
Mas Yeonjun não quis saber, não conseguia entender como ainda amar Jennie seria uma desculpa para o pai fazer o que fez. Adultério.
O garoto, ainda raivoso pegou uma mala pequena do próprio quarto, encheu de roupas e pertences, e disse ao pai que precisava de tempo.
Taehyung não teve escolha a não ser ceder e pedir ao filho que reconsiderasse. Yeonjun respondeu que só o tempo poderia dizer e logo em seguida se mudou para casa de um amigo pelo restante do semestre.
Taehyung estava sozinho de novo. Mas finalmente tirou o peso de sua consciência aliviando sua mente.
Se sentia leve por ter contado, mas ao mesmo tempo triste por ter decepcionado o filho. Eram muitos sentimentos, agora misturados com a saudade cortante que sentia de Jennie. Ele estava a beira de um colapso.
Foi por isso que caiu de cara no trabalho e se tornou atarefado, Tae passou a focar na empresa e fez render seu tempo em Seul fortalecendo ainda mais seu negócio. Morava sozinho com Yeontan e apenas de vez em quando recebia torpedos curtos do Yeonjun avisando que estava bem e saudável. Isso o deixava um pouco menos preocupado.
Era uma vida monótona, ele nunca havia ficado tanto tempo assim longe de Yeonjun e isso o machucava.
No final de Julho, quando pensava que veria seu menino de novo durante as férias, Yeonjun partiu para Busan e se deu ao trabalho de mandar apenas uma mensagem avisando.
Taehyung não esperava essa decisão repentina, não achou que Jun desejasse ver a mãe, não quando o garoto parecia enfurecido com ambos os pais.
Mas Tae respeitou o espaço do filho, mesmo que doesse como o castigo do inferno estar longe ou pensar na possibilidade do garoto nunca mais querer vê-lo, ele sabia que tinha feito o certo e não escondido algo tão importante da principal pessoa de sua vida.
Tae focava em fazer seu trabalho e passava horas e horas na empresa; Apenas Yeontan o acompanhava em seu dia-a-dia sem graça, seu pequeno companheiro peludo e amigo para os tempos de solidão.
Sozinho, era assim que Taehyung se sentia sem o filho e sem a mulher que amava.
