Capítulo 17

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Jimin

Todas as vezes que Jungkook me devolvia um livro, eu passava as páginas para ver suas anotações e pensamentos. Começamos a fazer isso regularmente e, sempre que um livro voltava para a minha prateleira com mais Post-its do que antes, eu sentia que Jungkook se tornava ainda mais parte da minha vida. Ele devia sentir o mesmo todas as vezes que eu acertava um acorde. Recentemente, toquei “Mary Had a Little Lamb” usando um dedo de cada vez nas cordas, e ele deu um grito, empolgado.

Desde que começamos a namorar, a minha ideia sobre o que era o amor tinha mudado. Eu me apaixonei por centenas de homens de centenas de livros. Achava que sabia como era o amor com base nas palavras impressas nas páginas que li. Amor era união, força e algo pelo que valia a pena viver.

Só não esperava os medos que vinham junto com o amor verdadeiro. O medo de que eu nunca seria o suficiente para ele. De que ele encontrasse outra pessoa. O medo de que às vezes valesse a pena morrer por amor. Ou de que o amor nem sempre fosse o suficiente. Amar alguém significava estar vulnerável à ideia de que um dia a pessoa talvez fosse embora, e tudo o que eu queria era que Jungkook ficasse.

Bati suavemente no seu ombro, e ele despertou do sono.

Dormindo?, escrevi quando ele pareceu acordado o suficiente para ler.

— Sim — respondeu com um sorrisinho. — Pensando demais?

Ele me conhecia muito bem. Meus lábios roçaram na orelha dele antes de deslizarem pelo pescoço.

Você me promete o mesmo tipo de amor que li nos livros?

Ele negou com a cabeça, bocejando. Seus braços envolveram o meu corpo, puxando-me para um abraço, e me afundei no calor dele.

— Não, Park Jimin. Prometo muito mais que isso.

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Bjs.   

O Silêncio Das Águas | jikook version Where stories live. Discover now