Capítulo 21

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Jimin

Pisquei.

A porta se abriu, e meu pai correu na minha direção. Eu estava em um canto do quarto, as mãos tapando os ouvidos.

Pisquei.

Minha mãe o seguiu, e ele se virou, gritando com ela, mandando-a sair dali.

Pisquei.

Ela chorou e tentou se aproximar de mim, mas Taehyung e Seokjin a seguraram.

Pisquei.

Meu pai se agachou e me olhou nos olhos, verificando se eu estava bem.

— Jimin? — sussurrou, ofegante. — Jimin.

Pisquei.

Ele passou os dedos pelo meu cabelo e me levantou.

— Deixe-me chegar perto dele — implorou minha mãe.

Meu pai me colocou na cama e a mandou sair do quarto.

Pisquei.

Eu conseguia senti-lo. Parecia tão real. Ele me sufocava de novo. Roubava todo o meu ar. Ele estava de volta. Era real. Ele era real.

Pisquei.

Meu pai saiu do quarto para ir gritar com ela. Tudo que eles faziam era gritar. Taehyung e Seokjin entraram.

Pisquei.

Os dois vieram até a cama e me abraçaram. Eles me abraçaram apertado, e eu tremia.

Pisquei.

Seokjin ficava repetindo que eu estava bem, e Taehyung concordava com ele. Eu chorava em meio aos lençóis, me sentindo em pedaços, confuso. Com medo. Muito medo.

Shhh...

Shhh...

Por que a minha mãe fez aquilo? Por que ela me arrastou? Por que o diabo fez aquilo? Por que ele matou aquela mulher? Por que ele tentou me matar?

Pisquei.

Fechei os olhos. Eu não queria sentir. Eu não queria ser. Eu não queria mais piscar. Mantive os olhos fechados. Eu não queria ver, mas ainda o via. Eu o via. Eu o sentia. Eu sentia o gosto dele. Eu via a minha mãe também. Eu a via. Eu a sentia. Eu a amava.

Eu a odiava.

Por que ela me machucou?

Por que ela mandou quem eu amava embora?

Tudo ficou sombrio.

Tudo virou sombras.

Tudo virou escuridão.

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Bjs.  

O Silêncio Das Águas | jikook version Où les histoires vivent. Découvrez maintenant