26. Boy with luv

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Postei aqui e saí correndo! =D

***

A viagem de volta foi bem mais agradável do que a de ida. Quando estavam indo para a praia, Seokjin ficou mais absorto por suas ideias do que pela companhia de Namjoon. Conversou, brincou, mas se concentrou na paisagem, na estrada. Viajar para o litoral tinha um gosto nostálgico para ele. Por mais que a cidade para a qual estavam indo fosse diferente daquela em que cresceu, o mar ainda seria o mar, em qualquer lugar. Sua cidade era pequena, com menos recursos do que a que iriam visitar. O oceano que a banhava, contudo, era o mesmo. Isso já era o bastante para que se rendesse às lembranças de outros tempos.

Sentia falta de ver o mar. E, de certa forma, de sua cidade natal. Poder estar diante do mar, ainda que não fosse o mesmo de seu passado, poderia servir para aplacar a falta que sentia, apesar de tudo. As memórias, em maioria, não eram felizes, mas guardava algo de bom de sua infância e adolescência que fosse suficiente para que sentisse, de vez em quando, saudade. Não de casa, nem do pai, da madrasta e dos filhos dela. Guardava com carinho as idas à praia, as pescarias com o tio que nunca mais voltou, a companhia dos poucos amigos, as mexidas nos motores dos carros, os passeis de bicicleta pelas ruas menos movimentadas, de visitar o local em que descansavam as cinzas de sua mãe... Focou nisso enquanto iam.

Na volta, Seokjin se deixou levar por outros sentimentos e sensações. Preferiu focar cem por cento em Namjoon e em tudo o que ele o levava a sentir. Eram muitas coisas, mas sendo todas boas, não teve trabalho nenhum com isso. Gostava de se sentir tão bem com Namjoon, da segurança que ele lhe dava, do aconchego. Podia se acostumar tão fácil com isso... Já estava meio acostumado, na verdade. Bastante, se fosse pensar melhor. Queria estar com ele o tempo todo, o beijar a todo instante, ficar abraçado, rir, conversar... Não era exagero quando falou em amarrar Namjoon na cama para que ficassem juntos por horas e horas. Queria mesmo estar com ele o máximo que pudesse. Pena que era pouco. Namjoon trabalhava muito. Seokjin imaginava que pessoas ricas não precisassem trabalhar tanto, mas estava tirando a prova que isso era só ilusão sua. E era uma pena. Porque, tendo que se dedicar tanto ao que fazia, Namjoon acabava ficando um tanto distante. E seus dias eram muito chatos nas horas em que Namjoon estava longe. Sentir-se assim em tão curto período de convivência era estranho, mas agradável. Agradável não. Era bem maior que isso. Estava mais perto de ser a melhor coisa do mundo.

Assustador, mas adorável viver algo assim.

— Chegamos. — Namjoon anunciou ao estacionar.

— Se cê não fala eu nem percebo! — Debochou Seokjin, destravando o cinto de segurança. Ia sair quando algo surgiu em sua mente, o fazendo se virar para o mais velho. — Cê vai querer abrir a porta pra eu sair ou eu posso sair sozinho?

— Se me permitir, eu gostaria de abrir a porta para você.

— Então, tá. Vou ficar aqui.

Namjoon sorriu, fazendo um sinal positivo com a cabeça. Pediu que Seokjin aguardasse. Saiu, deu a volta no veículo e abriu a porta do carona, fazendo uma espécie de mesura para o mais jovem.

— Sem pegar no colo, hein! — Mencionou o rapaz.

— Sem carregar no colo. Prometo.

Anuindo, Seokjin saiu quase num pulo, com receio de que Namjoon estivesse o ludibriando e tentasse o pôr nos braços novamente. Sua desconfiança, porém, não mostrou ter fundamento. Namjoon não fez o menor movimento em sua direção. Isso não era de se espantar. Ele era um homem de palavra. Não falhava em suas promessas. Era encantador poder se sentir tão confiante em alguém, sentir que uma determinada pessoa jamais mentiria, nunca enganaria. Não sabia se Namjoon mentia para ele em relação à própria vida e seus propósitos, mas Seokjin podia afirmar que em nenhum momento tinha falhado com ele. Tirando a noite em que tentou o beijar, Namjoon se provava muito correto e confiável a cada dia que passava. A sensação deixava seu peito quente, e seu coração batia mais forte. Acabou sorrindo, contente, observando enquanto Namjoon retirava as sacolas de dentro do carro.

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