Capítulo 5

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-Bom dia.-os cumprimento e sigo até o armário pegando um remédio para aliviar minha dor de cabeça.

-Eu não quero mais que tu chega bêbeda em casa.-meu pai diz firme.

-Senão,adeus baile.-minha mãe complementa.

-Isso é sacanagem.-falo os encarando.-Eu amo os bailes,não posso viver sem eles.

-Sem drama.-meu pai se levanta.-Vou indo pra lojinha.

-Já!?-minha mãe o encara de boca aberta.

-Já,já to de volta minha dama.-meu pai beijou o alto da cabeça da minha mãe,que suspirou e meu pai saiu de casa.

Troco olhares com minha mãe.

-Seu avô pediu pra te avisar que quer que você vá a um jantar com ele amanhã.-minha mãe me avisa.

-Tá bom.-falo já sentada a mesa e tomando meu café.

-Vou na casa da sua tia,tá?-minha se levanta e sai de casa.

[...]

Estou no piscinão da comunidade junto da Lari e do Mateus.Meu amigo não para de falar da garota que ele pegou no baile passado.

-Já tá me enchendo o saco,cala boca Mateus!-Lari o xingo,enquanto Mateus tagarela.

-Aquela mina é sensacional,velho.Tu não tá entendendo.-Mateus gesticula com as mãos e ri.

-Ok,já entendemos.-falo para o meu amigo.-Agora dá pra parar de falar dela,e vamos curtir só nós três?

-Beleza,mas eu tenho que ver aquela mina de novo.-Mateus diz com toda certeza.Aguentar amigo "apaixonado" é horrível,puta que pariu!

Me levanto da espreguiçadeira,e mergulho na piscina.O sol está estralando e a água fria me proporcionou uma sensação ótima.Fico apoiada na borda da piscina,enquanto Lari se bronzeia e Mateus mexe no celular.

O piscinão está lotado,o pessoal da comunidade tirou o dia para aparecer aqui,só pode!

Depois de alguns minutos na água,saio da piscina e me deito na espreguiçadeira.Vou pegar um bronzeado agora junto da minha amiga.

-Minhas gatas,vou indo nessa.-Mateus diz e Lari e eu,levantamos nosso olhar em direção ao nosso amigo.-Vou me encontrar com a Maia.

-Hum,tá apaixonadinho.-Lari zoa nosso amigo.

-Teu cu.-Mateus lhe mostra o dedo do meio.-Tenho minhas necessidades.

-Vai lá,senhor necessitado.-gargalho e Lari embala comigo.

-Otárias.-Mateus nos xinga,mas em seguida nos dá um beijinho na bochecha e sai.

Lari e eu,ficamos por mais algumas horas no piscinão curtindo o dia ensolarado quase nos assando vivo.

Decido ir embora,quando o sol está quase sumindo.Vou caminhando para a casa e cumprimentando o pessoal pelo caminho.

Chego em casa e vejo meu pai na cozinha ao telefone.Caminho vagarosamente até ele,que não percebe minha presença.

-Beleza.-ele diz.-Eu quero a lingerie vermelha.Coloca ela que eu vou ficar doido.-ele diz em um tom atentador.

Automaticamente a imagem da minha mãe dizendo que meu pai fica tempo demais na lojinha e sua desconfiança brota na minha cabeça.Perdida em meus pensamentos,meu pai desliga o celular e se vira,dando de cara comigo.

-Tá maluca,garota!-ele coloca a mão peito.-Tá parada aí porque?

-Por nada.-respondo após alguns segundos de congelamento.-Eu acabei de chegar do piscinão.

-Beleza.-meu pai diz.-Vou resolver um probleminha,aí.-ele sai de casa.

Não é possível!Eu não acredito nisso!Como ele pode fazer isso com a minha mãe!-penso enquanto subo as escadas para o quarto da minha mãe,preciso descobrir os motivos que ela tem para desconfiar do meu pai,porque o motivo que eu tenho,é sem dúvida ótimo para acabar com a história mais linda de amor que já me contaram.

-Entra!-minha mãe grita de dentro do quarto após algumas batidas que eu dei em sua porta.

-Oi mãe.-falo ao entrar.

-Que foi?-ela me pergunta,enquanto arruma seu armário.

-Eu só tava pensando no que tu me disse,naquela desconfiança todo em relação ao papai.-respondo,e minha mãe vem em minha direção.

-Filha,não fica pensando sobre isso,esquece!-minha mãe acaricia de leve meu braço.-É um assunto entre mim e seu pai que somente eu posso resolver.-ela dá ênfase ao falar palavra "eu".

-Eu sei,mas eu faço parte de vocês.-me argumento.

-Eu entendo,filha,mas olha,eu conversar com ele e aí vamos resolver tudo,ok?-minha mãe sorri.

-Ok.-retribuo o sorriso.

-Mais porque essa preocupação agora,Alana?-minha mãe volta a arrumar o seu armário.

-É que...-procuro por uma resposta.-Ficou martelando na minha cabeça.-minha balança a cabeça positivo.-Vou tomar um banho,to cheirando a água com cloro.

-Está mesmo.-minha mãe ri.

-Mãe!-a repreendo e rio.

Saio do quarto da minha  mãe,e mesmo ela dizendo para mim não ficar preocupada,eu não consigo tirar a lingerie vermelha da minha cabeça.

Entro no meu quarto e vou direto para o banheiro.Arranco meu vestido,meu biquíni e entro embaixo do chuveiro com a água fria.Saio do banheiro e seco meu cabelo com o secador.Visto uma saia jeans e um blusinha de alça fina,e me jogo na cama com meu celular na mãos.Desbloqueio a tela e tem quase dez mensagens só do Mateus.Respondo para o meu amigo,e começamos uma conversa um pouco entediante e divertida sobre o seu encontro com a garota do baile.Esse meu amigo é maluco,ele está envolvido com uma garota do asfalto e isso é problemático,pelo menos no meu ponto de vista.Fico distraída olhando para a tela do meu celular e me assusto quando a porta do meu quarto se abre e alguém entra igual a um furacão no meu quarto.

-Brício?-me viro e vejo meu primo machucado,com as roupas sujas e um pouco rasgadas.-O que aconteceu?Por que tu tá desse jeito?


A Dama & O Vagabundo Vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora