Capítulo 27

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A medida em que me aproximava de casa,o barulho do som alto cantarolando funk aumentava cada vez mais.

Abri o portão e entrei.A porta de casa estava semi aberta,então espiei pela fresta.Os amigos mais próximos estava espalhados pela sala,e ambos seguram latinhas de cerveja.

-Aonde estava filha?-minha mãe corre em minha direção assim que passei pela porta.

-Fui dar uma volta.-dei de ombros.

Passei pelo meu pai,e recebi um beijo na testa.

-Pra que essa festa?-pergunto.

-O pessoal quis comemorar a invasão de ontem.-ele responde sorrindo.

-Estão comemorando a morte daquela mulher!?-o encaro indignada.

-Não.Estamos comemorando a invasão.-meu pai diz dando ênfase ao falar invasão.

-É quase a mesma coisa,já que foi por culpa da invasão que ela foi morta.-suspiro por falar rápido demais.

-Quem se importa,Alana?Só temos que agradecer por não ter nenhum dos meus "soldados" feridos.-aposto que meu pai está bêbedo.Isso já é bem óbvio.-E podemos dizer,que esse é um dos principais motivo dessa festinha.

-Que bom.-falo e subo as escadas.Não vou comemorar a morte de alguém.Muito menos a morte da mãe da pessoa que eu gosto.

Entro no meu quarto e o som alto na sala está ensurdecedor.Viro de um lado para o outro na cama tapando meus ouvidos,mas de nada adianta.Então,decido ir a casa do meu avô.

-Vai sair de novo?-meu pai me faz parar no momento em que abria a porta.

-Vou pra casa do meu avô.Não consigo dormir esse som.-falo e saio de casa.

Desço o morro rapidamente.Já está escuro e é um pouco perigoso sair de casa a essa horas.Pelo menos pra mim,que tem um pai que matou a mulher de outro bandido.

Fico no ponto de ônibus,e não estou sozinha.Há um rapaz ali também.Olho freneticamente para a tela do celular e já são quase oito da noite.As luzes dos carros ofuscam minha visão,e é difícil tentar ver se o ônibus está vindo.

Forço minha visão e vejo o ônibus se aproximando.Dou sinal e ele para.Entro no veículo e me sento no primeiro banco vago,não quero correr o risco de cair tentando caminhar até o fundo com o ônibus andando.

Chego no prédio do meu avô e o porteiro me dá passagem sem nenhuma restrição.Pego o elevador e subo até o décimo andar.Cobertura.

-Alana,que surpresa boa!-Elaine me abraça assim que abre a porta e se depara.

-Meu avô está?-pergunto olhando para dentro da casa.

-Ele está no quarto se arrumando para uma pequena reunião na casa do seu novo sócio.-Elaine responde me dando passagem para adentrar na casa.

-Então eu volto outro dia.-recuso-me a entrar.Não quero atrapalhar meu avô.

-É a minha neta que está,Elaine?-vejo meu avô espiar por cima do ombro da Elaine.

-Sim.É ela mesma.-Elaine se afasta.

Vou de encontro com meu avô e o abraço.Já faz um pequeno tempo que não o vejo,se não me engano,desde o casamento dos meus pais.

-Você tem uma reunião agora,né?Eu acho melhor voltar em outra hora.-falo assim que me solto do abraço do meu avô.

-Não se preocupe.-meu avô sorri.-Quer ir comigo ao jantar?

-Claro.-aceito.Não podia recusar o convite do meu avô,já que é difícil de nos vermos.

-Então vá se arrumar.-vovô se sentou no sofá e eu subi para o quarto que é meu.

A Dama & O Vagabundo Vol.2Where stories live. Discover now