Maya Kendrick é a poderosa CEO de uma multinacional britânica, com sede em Londres. Arredia, dura e incisiva, seu esporte favorito é aterrorizar seus funcionários. A única extravagância que ela se permite é sair para as baladas mais concorridas da...
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Rafe tratou, ao longo dos dias, entrosar-se com o resto do pessoal. Conforme a semana passava, ele já sabia que gostaria muito de trabalhar ali. Via de regra era um ambiente descontraído e divertido, onde a criatividade era explorada sem limites, e o trabalho era fluido e constante.
Conheceu os vários departamentos, concentrados nos quatro andares pertencentes à Teqron. As áreas de atuação envolviam jogos, softwares, aplicativos para celular e tabletes, e o sistema operativo.
O atual objetivo da empresa eram os computadores e os produtos eletrônicos com design avançado e atual, que seriam desenvolvidos e lançados no mercado o mais breve possível. Esse departamento era a menina dos olhos de Maya no momento e, exigiria que eles trabalhassem muito tempo juntos. Isso era novidade e seria um desafio para ele.
Descobriu que Theo, quando não estava com a Bruxa Pigmeia era um cara espirituoso e divertido, fazendo piadinhas de tudo e de todos. E foi assim que se viu aceitando o seu convite para sair depois do expediente terminado na sexta-feira.
Encaminharam-se a um pub, que ficava a poucas quadras do escritório. Reconheceu vários rostos em uma mesa que estava localizada no fundo do bar.
Theo abriu um sorriso radiante quando seus olhos encontraram-se com os de uma morena alta de olhos escuros e pele cor de oliva que estava sentada entre os outros funcionários da Teqron.
— Minha namorada, Lily Stevenson. Ela é uma das assessoras jurídicas da empresa.
— Olá, sou Rafe Mitchell! Ele estendeu a mão enquanto se apresentava para ela.
— Então você é a vítima da vez? Ela riu calorosamente enquanto aceitava a sua mão.
As demais pessoas na mesa riram histéricas. Mas ao mesmo tempo lhe davam olhares de lastima.
— Desembucha cara! Como foi a tua semana com a Reencarnação de Lúcifer? Neal, um programador de baixo escalão, o provocou.
— Kendrick? Ele disse fingindo desinteresse. — Não foi tão ruim assim. Rafe não era idiota de entrar numa barca furada e criticar a sua chefe abertamente. Além do mais, o que necessitasse falar, dirigiria-se pessoalmente a ela e a mais ninguém.
— Ele é modesto, gente! Carl, um funcionário ensebado do almoxarifado, disse com um sorriso cheio de dentes. Era como se eles quisessem puxar o saco do novo funcionário, relacionado diretamente ao alto escalão da empresa.
— Theo é quem pode dar detalhes mais suculentos, não é mesmo? Neal esfregou as mãos, malicioso.
— Pode parar por aí! Estamos fora do escritório e tudo o que quero agora é curtir o fim de semana. Theo cortou da forma menos agressiva possível.
— Mas se é o melhor momento do dia ouvir as tuas peripécias com a Bruxa. Carl fez um muxoxo mimado.
Que cara mais patético, pensou Rafe. Estava atento a tudo e a todos, sentia que era preciso levantar a guarda, ali ninguém dava ponto sem nó.
