Capítulo 29

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Rafe e Maya tinham passado praticamente as últimas três semanas vendo casas ao redor de Londres. Já estavam cansados e nada do que a corretora tinha mostrado os havia agradado. Nada parecia ser o ideal para construir a família que tinham em mente.

Maya estava enfadada e de mau humor, não poderia ser tão difícil encontrar uma simples casa. Muitas delas estavam em um estado precário de conservação, o que levaria um tempo muito grande para o seu reparo. Outras não atendiam as necessidades básicas da vida moderna. Houve as que ficavam muito longe da Teqron. Houve as que foram mostradas, mas que havia sérios problemas com herdeiros e seus espólios mal resolvidos.

Já pensava em dispensar sua usual corretora e começar uma nova busca por conta própria, quando numa manhã de sexta feira, ela lhe telefonou muito animada. Partiram em direção a um bairro localizado na zona norte da cidade.

A localização era conveniente sendo próxima à casa dos pais dela e também era o mais próximo da empresa que tinham visto até agora. Maya e Rafe se recusavam terminantemente a perderem no mínimo três horas diárias entre ir e vir do trabalho. Esse tempo desperdiçado inutilmente jamais seria reposto, além de estarem expostos à poluição sonora e ambiental e isso não era de nenhuma forma saudável como Rafe fez questão de ressaltar.

O distrito era uma área nobre e uma das mais caras de Londres. Ficava numa parte mais elevada e se destacava pela conservada arquitetura em estilo georgiano das propriedades que o compunham. Era cercado por três grandes parques, além de vários campos de golfe, portanto era muito verde.

A própria rua era muito arborizada e a casa ficava localizada no topo de uma colina e no centro de um grande terreno cercado por uma enorme área verde composta basicamente por carvalhos, bétulas e olmos. O acesso se dava por um portão automatizado onde Maya inseriu o código que a corretora havia lhe dado anteriormente e, entraram por uma agradável e larga via pavimentada com pedras de cor acinzentada e bem cortadas.

Conforme se aproximavam da casa e deixavam para trás o denso bosque, podiam notar o cuidado que haviam tomado com o paisagismo, espelhos d'água, fontes, estátuas, sebes bem aparadas formando graciosas cercas vivas e jardins preciosos eram vistos ao redor da grande propriedade.

O dia naquele início de outubro estava frio e chuvoso e as árvores e as poucas flores silvestres que restavam no campo balançavam ao sabor do vento que soprava inclemente. O local era lindo e tranquilo e imediatamente ela pode visualizar os avós de Rafe caminhando pelas aleias do parque se estendia por vários metros pela propriedade.

A pista fazia uma curva graciosa para a direita e se abria em frente a uma agradável praça em frente à casa palaciana e impressionante. Pareceu-lhes deslumbrante, apesar de não ser do agrado deles, aquela arquitetura tão tradicional e neoclássica. As colunas e frontões triangulares podiam ser vistos por toda a fachada principal que tinha paredes pintadas num horrível tom de mingau de aveia encaroçado, com detalhes como portas e janelas pintados num branco já encardido.

Chama Indômita - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora