Capítulo 8

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Minhas caras meninas,

Dedico esse capítulo a minha querida e dedicada leitora Ana Cantão! Muito obrigada pelo seu apoio. São leitoras como você, que fazem o nosso trabalho valer a pena.

Espero que gostem desse novo capítulo, estarei esperando ansiosa por seus comentários. Um abraço e um beijo grande.

 Um abraço e um beijo grande

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Agora que não namorava mais, sua rotina de sábado era bem previsível. Invariavelmente se levantava, comia alguma coisa, às vezes que não tinha disposição para cozinhar somente para si próprio, saia para tomar o café da manhã em algum café simpático, ali por perto mesmo. Geralmente nessas ocasiões, ele aproveitava para fazer compras para sua casa. Na volta, enquanto lavava e secava a roupa, limpava o apartamento, cozinhava e congelava comida para a semana, cuidava das necessidades de Iggy, limpando a sua caixa de areia, mimando um pouquinho o velho gato preguiçoso.

Iggy era um gato manhoso e adorava a companhia de Rafe, ficando ao seu redor sempre que tinha a oportunidade. Revezava-se entre a pia do banheiro, o sofá macio e a grande cama quentinha, onde se punha a ronronar satisfeito.

Mais tarde naquele dia, passou na casa dos avós ajudando-os com pequenos reparos que precisavam ser feitos na velha casa. Apesar da idade, insistiam em continuar trabalhando durante a semana na sua mercearia, que ficava a algumas quadras de sua casa, atendendo ao público local. Rafe havia insistido que eles descansassem pelo menos o final de semana, já que não tinha sido possível convencê-los de vender a pequena loja. Então durante o sábado, um funcionário os ajudava, foi a única sugestão do neto que tinham aceitado.

Rafe insistia sempre que eles poderiam passear sair mais, até mesmo viajar, já que não conheciam nada do mundo. Mas estavam habituados a sua vidinha pacata e caseira e, na verdade não queriam nada, além disso.

- É você que tem que viver a tua vida, Rafe, você é jovem e ainda com a vida toda pela frente. Encontrar uma mulher que te ame, porque você merece isso, ter uma família feliz, meu querido. - Iris sempre lhe dizia - Nós somos burros velhos, sem disposição para mudar.

Diante de tal argumento, Rafe não tinha muito que dizer, porém não concordava com aquilo. Mas se sentia em dívida com seus amados avós que tanto se sacrificaram para poder criá-lo.

Iris parecia que tinha o dom de saber o que lhe ia à alma, só podia ser coisa de mãe. - Você não tem nenhum compromisso conosco, filho. Nós faríamos tudo outra vez se fosse preciso.

- Mas vó... Ele tentou reclamar com um argumento claro e conciso, mas foi uma tentativa inútil.

Ela o cortou - Mas nada, menino! Ela disse num tom de voz que não admitia discussão. - Claro que fiquei triste em perder meu único filho e a nora maravilhosa que eu tinha, mas são coisas da vida que acontecem de forma rápida e inesperada. Você não tem tempo para pensar e avaliar a situação. Você nunca espera que uma tragédia dessas vá acontecer com você ou com teus entes queridos. Você simplesmente, só segue em frente, porque senão a vida te atropela.

Chama Indômita - CompletoWhere stories live. Discover now